PPGC-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIRURGIA - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: CAMILA SILVA BEZERRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAMILA SILVA BEZERRA
DATA : 20/06/2022
HORA: 17:30
LOCAL: Online - Videoconferência
TÍTULO:

IMPACTO DA COVID-19 NAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS: ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS EM PACIENTES COM QUADROS GRAVES


PALAVRAS-CHAVES:

Ultrassonografia; Carótidas; EMI


PÁGINAS: 70
RESUMO:

Responsável por milhões de infectados e de mortes em todo o mundo, a COVID-19 permanece com lacunas no seu entendimento. O segundo coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2) revelou-se um agente infeccioso complexo, responsável por manifestações extrapulmonares, incluindo alterações cardiovasculares. A enzima conversora da angiotensina 2 (ECA-2), um dos principais alvos do vírus, exibe grande expressão na vasculatura, inferindo que vasos podem ser susceptíveis a dano pela doença e que disfunção endotelial pode ter papel central na sua fisiopatologia. O objetivo deste estudo foi investigar possíveis alterações vasculares e perivasculares nas artérias carótidas utilizando a ultrassonografia, método de imagem já consagrado para avaliação desses vasos, e avaliar associação com mortalidade. Para isso, foi realizado estudo prospectivo entre julho de 2020 e fevereiro de 2021, período que englobou parte da primeira e da segunda onda no Brasil, em três hospitais referenciados. Cinquenta e três pacientes hospitalizados com COVID-19 grave, confirmada por RT-PCR, foram incluídos no estudo e submetidos a ultrassonografia. Dados demográficos e clínicos foram coletados nos prontuários, sendo posteriormente analisados em conjunto com dados de imagem. Análise estatística foi conduzida, incluindo testes Qui-quadrado de independência de Pearson, teste de Mann-Whitney e de Fisher, bem como modelos de regressão logística. Os principais achados ultrassonográficos foram irregularidade da superfície endoluminal em 29 pacientes (55%), placas carotídeas em 30 (57%), sinais de infiltração perivascular em 4 (7,5%) e aumento da espessura mediointimal (EMI) em 31 pacientes (58%). Dezenove de 31 (61%) pacientes com aumento da EMI morreram, observando-se associação entre aumento da EMI e mortalidade por COVID-19 (p=0.03). Através de modelo de regressão logística, a probabilidade de óbito foi de 85% nos pacientes com espessamento mediointimal e histórico de nefropatia crônica ou lesão renal aguda na admissão hospitalar (p<0.05). Observou-se, ainda, surgimento de espessamento mediointimal em um paciente que se encontrava previamente sem essa alteração, após piora do seu quadro clínico; também houve sinais de redução do processo inflamatório perivascular em outro paciente, após ultrapassar período de maior atividade inflamatória da doença e pós-manejo terapêutico. Assim, este estudo prospectivo observou alterações vasculares e perivasculares em pacientes com COVID-19 grave, com possíveis associações relacionadas ao desfecho.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 3328566 - EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
Externo ao Programa - 1133637 - JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
Presidente - 5315871 - SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
Notícia cadastrada em: 07/06/2022 01:25
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa08.ufpe.br.sigaa08