PPGC-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIRURGIA - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: DANIELLE GONCALVES SEABRA PEIXOTO RAMOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANIELLE GONCALVES SEABRA PEIXOTO RAMOS
DATA : 28/03/2022
LOCAL: Videoconferência (telepresença)
TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO DA AUDIÇÃO E LINGUAGEM EM CRIANÇAS EXPOSTAS AO ZIKA VÍRUS NA VIDA INTRAUTERINA


PALAVRAS-CHAVES:

Perda auditiva; Microcefalia; Infecção por zika vírus; Zika vírus


PÁGINAS: 20
RESUMO:

A Síndrome congênita do zika vírus (SCZ) é consequência do dano imposto pela infecção fetal pelo vírus da zika (zikV) com subsequente prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor, além de deficiências sensoriais. No entanto, apesar da comprovada associação entre a microcefalia relacionada ao zikV e a perda auditiva congênita, a relação entre a SCZ e o desenvolvimento da linguagem, bem como a possibilidade do surgimento de perda auditiva de caráter progressivo ou instalação tardia, ainda necessitam de esclarecimentos. O presente estudo, portanto, tem como objetivo principal a caracterização do espectro de alterações de audição e linguagem presentes como manifestações da SCZ. Trata-se de estudo de coorte no qual foram acompanhados por quatro anos crianças com microcefalia pelo zikV ou com algum outro sintoma da SCZ, além de crianças expostas ao zikV na vida intrauterina, mas assintomáticas, nascidas no período da epidemia da microcefalia no estado de Pernambuco entre os anos de 2015 e 2017. Foi realizada triagem auditiva neonatal (TAN) através da pesquisa do potencial evocado auditivo de curta latência de tronco encefálico. As crianças que passaram na TAN, foram acompanhadas a cada seis periodicamente até os 48 meses de vida por meio da realização do PEATE C, audiometria comportamental com instrumentos musicais, exame neurológico e escala de desenvolvimento infantil de Bayley-III (EDIB-III). Um total de 483 crianças participaram desta coorte, sendo a maioria crianças sem microcefalia ao nascimento (72,9%), enquanto 10,5% apresentavam microcefalia leve e 16,6% microcefalia grave. A maioria das crianças apresentou alguma resposta ao som de instrumental de intensidade fraca, com latência de resposta, ocorrendo de forma lenta a moderada, entretanto com localização completa da origem da fonte sonora. O acompanhamento do desenvolvimento auditivo e de linguagem nos primeiros quatro anos de vida de crianças com SCZ demonstrou que o sintoma definidor de prognóstico para tais habilidades é a microcefalia. Ademais, não observamos o surgimento de PANS no período estudado.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3315617 - ESDRAS MARQUES LINS
Externa ao Programa - 4346375 - MARIANA DE CARVALHO LEAL GOUVEIA
Presidente - 1198757 - SILVIO DA SILVA CALDAS NETO
Notícia cadastrada em: 23/03/2022 16:04
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