IMPACTO DO REGANHO DE PESO NO PERFIL METABÓLICO E NUTRICIONAL DE MULHERES NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA
Obesidade; Cirurgia Bariátrica; Reganho de Peso.
É amplamente reconhecida a eficácia da cirurgia bariátrica sobre a redução do peso e das comorbidades em obesos. No entanto, alguns pacientes cursam com uma recuperação ponderal gerando preocupação em torno do impacto desse desfecho sobre o controle metabólico e nutricional. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência do reganho de peso sobre o perfil metabólico e nutricional no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica: BGYR e GV. Foi realizado estudo retrospectivo, longitudinal, com dados de 75 mulheres, referente ao período de 2010 a 2020. Avaliaram-se dados de três momentos distintos em função do comportamento do peso: Pré-operatório, Nadir e Recidiva, relacionando variáveis antropométricas, metabólicas e nutricionais. A média de idade, IMC médio pré-operatório e %PEP no Nadir foram respectivamente, 46,39 + 12,03 anos, 40,10 ± 4,11 kg / m2 e 93,13 + 24,28%. Observou-se um %RP de 26,41%, e média de 8,73 + 5,71 Kg, sendo 7,8 + 4,7 kg na GV e 10,8 + 6,8 kg no BGYR (p = 0,054). Insulina (r=0,351; p <0,003), Peptídeo-C (r=0,303; p < 0,011), PCR (r=0,402; p < 0,001) e Vitamina-D (r=-0,435; p < 0,001) demonstraram correlação significativa com o reganho. No entanto, após análise ajustada a PCR (RP = 1,35; IC95% 1,16 – 1,57) e a Vitamina D (RP = 1,26; IC95% 1,07-1,46) foram as que melhor se correlacionaram com o %RP. Em mulheres no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica a PCR e a vitamina D parecem sofrer maior influência da recuperação de peso.