Banca de DEFESA: BRUNO MELO MOURA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRUNO MELO MOURA
DATA : 29/03/2022
HORA: 09:00
LOCAL: https://meet.google.com/tfy-wbro-okh
TÍTULO:

Est(éticas) cosplay: performatividades de consumo que possibilitam viver o nomadismo


PALAVRAS-CHAVES:

Cosplay, Arqueogenealogia, Est(éticas), Subjetivação, Agenciamento,
Performatividade, Nomadismo.

 


PÁGINAS: 490
RESUMO:

O cosplay é um fenômeno capaz de ilustrar como as práticas de consumo podem ser
investigadas como um mosaico de relações culturais. O fenômeno combina diversas
performances, quando consumidores de objetos midiáticos fazem uso de fantasias para brincar,
interpretar ou vivenciar elementos do que são fã. Consequentemente, os cosplays são
performances exercidas entre fãs e fandoms – ou interfandom: interações de subcultura de
consumo que celebram a cultura pop. Tal qual, são um exercício de prossumidores, já que os
cosplayers são simultaneamente produtores de suas performances e consumidores do objeto
midiático que performam. Outrossim, as performances de um cosplay são assumidas como
experiências únicas, quando os praticantes vivenciam o extraordinário. Ainda, as performances
exercidas via cosplay se arranjam em performatividades que extrapolam relações de consumo.
Logo, consideramos que as múltiplas performances exercidas pelos cosplayers lhes permitem
compreender e elaborar a si próprios, mas também o ethos fazem parte. Esta consideração nos
permite acessar a obra de Michel Foucault. No âmbito teórico, evocamos o conceito da
subjetivação, quando práticas de si são exercidas para que os sujeitos se produzam como tais e,
simultaneamente, para substanciar as éticas que guiam suas existências. E entre as formas de
inferir as éticas substanciadas pela subjetivação, a busca contínua por se aprimorar
esteticamente é destacada. Ao combinar o empírico, temáticas do consumo como uma prática
cultural e conceitos foucaultianos, articulamos nossa pergunta de pesquisa: como cosplayers
produzem est(ética)s por meio de suas performances interfandômicas? Nesta articulação, a
estética é uma forma de elaborar interacionalmente as éticas que conduzem as práticas de
consumo de sujeitos – os cosplayers. O que nos leva a um impasse: uma trilha metodológica
que nos permita compreender o processo de subjetivação foucaultiana através de uma
investigação sobre um fenômeno cultural do presente. A solução foi combinar abordagens
naturalistas para coleta de campo e a arqueogenealogia – o método ulterior foucaultiano – para
realizar a análise. Assim, entre 2019 e 2021, realizamos – como método de coleta de campo –
netnografias, entrevistas etnográficas, etnometodologias virtuais e autoetnografia com
cosplayers dispersos geograficamente nos cinco continentes, mas alcançáveis pela
convergência e conectividade das redes sociais. Os dados analisados nos permitiram inferir três
est(éticas) cosplay – mercado, fanidade e política – que representam como seus praticantes em
busca de viver uma vida bela, são capazes de extrapolar a iterabalidade de suas performances,
alcançando um nomadismo em que criam os próprios desejos.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ADRIANA DA ROSA AMARAL - Unisinos
Presidente - 1667829 - ANDRE LUIZ MARANHAO DE SOUZA LEAO
Interno - 1639834 - MARCONI FREITAS DA COSTA
Externa à Instituição - MARIA CAROLINA ZANETTE
Externa à Instituição - MARIBEL CARVALHO SUAREZ - UFRJ
Notícia cadastrada em: 03/03/2022 08:38
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