AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E ANTIOXIDANTE DE PIGMENTO PRODUZIDO POR FUNGO FILAMENTOSO, A PARTIR DE RESÍDUOS AGROIDUSTRIAIS (FARINHA DE MARACUJÁ E FARINHA DE BANANA)
Biopigmentos. Moléculas bioativas. Fungos filamentosos.
A busca por fontes biológicas que gerem pigmentos bioativos em quantidades significativas tem aumentado 10% ao ano, principalmente, pelas vantagens dos pigmentos naturais frente aos sintéticos e a crescente tendência mundial por produtos naturais e sustentáveis. Os fungos filamentosos são potenciais produtores de metabólitos bioativos, como os pigmentos. O presente estudo objetivou avaliar o uso de resíduos agroindustriais (casca de banana e de maracujá) como substrato de meios de cultura para crescimento e produção de pigmentos por fungos filamentosos. Ademais, avaliar a atividade antimicrobiana e antioxidante dos extratos pigmentados produzidos. A extração foi feita com diclorometano e ressuspendida em álcool etílico 95% P.A, formando os extratos etanólicos pigmentados de maracujá (EEPM) e de banana (EEPB). Tais extratos foram testados quanto suas atividades antimicrobiana (CLSI) e antioxidantes (ABTS, DPPH e MO6+). Ainda, foram parcialmente caracterizados através de espectroscopia (FT-IR). Constatou-se que os extratos possuem atividade antimicrobiana frente às cepas de Bacillus subtilis (UFPEDA 16) e Escherichia coli (UFPEDA 224). Também, verificou-se atividade do EEPM frente a Staphylococcus aureus (UFPEDA 02). Ambos tiveram atividade antioxidante, destacando-se o EEPB. Os extratos apresentaram espectro (FT-IR) sugestivos para pigmentos carotenoides. Diante aos resultados, comprovou-se que os meios de cultura alternativos são eficientes para o crescimento e produção de pigmentos por fungo filamentoso. Além disso, constatou-se bioatividade nos extratos etanólicos pigmentados. Tais observações, contribuem na descoberta de novos compostos de interesse para a indústria farmacêutica e alimentícia.