Banca de DEFESA: PRISCILA DIAS MENDONCA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PRISCILA DIAS MENDONCA
DATA : 27/10/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

DESENVOLVIMENTO DE PLATAFORMAS NANOHIBRÍDAS BIOSSENSORAS APLICADAS AO DIAGNÓSTICO DA DENGUE E ZIKA


PALAVRAS-CHAVES:

Dengue, Zika, NS1, Imunossensor, Nanotubos de carbono


PÁGINAS: 82
RESUMO:

As afecções por arboviroses são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde como um
problema global de saúde, gerando impactos sociais e econômicos relevantes. Nas zonas
tropicas e intertropicais do globo terrestre, a infecção por dengue tem sido a mais
endemicamente prevalente, embora outras infecções como, por exemplo, a Zika tenha causado
efeitos devastadores, como a síndrome congênita fetal. Considerando-se que o diagnóstico
diferencial clínico e em larga escala seja uma tarefa difícil, a busca por novos biomarcadores
que identifiquem as arboviroses de modo laboratorial é desejável. A proteína não estrutural 1
(NS1) tem sido observada nas infecções pelos vírus da Dengue (DENV) e Zika (ZIKV),
circulando na corrente sanguínea do indivíduo infectado durante toda a viremia, com níveis
mais elevados na fase inicial da doença, tendo sido detectada no soro e na urina. A proteína
NS1 por ser considerada sensível entre as proteínas não estruturais e mais específica para o
diagnóstico é importante na fase clínica dessas infecções, muitas pesquisas para o
desenvolvimento de imunossensores foram realizadas, usando diferentes tipos de transdução,
tais como: fluorescência, impedância, ressonância plasmônica de superfície, amperometria.
Entretanto, a transdução amperométrica, por ser de fácil portabilidade e poder ser usada em
pronto-atendimento tem se mostrado a mais atrativa. Nesta tese foi desenvolvida uma
plataforma imunossensora constituída pela eletrossíntese do polietilenodiamina (poli-EDA), a
partir da oxidação da etilenodiamina, proporcionando uma espessura controlada e boas
propriedades eletroquímicas. O filme de poli-EDA rico em grupos amino-reativos foi utilizado
para estrategicamente ancorar nanotubos de carbono (NTC) que aumentam a transferência de
elétrons, bem como a área eletroativa da superfície sensora. A incorporação de NTC
carboxilados proporcionaram a imobilização de modo orientado dos anticorpos monoclonais
anti-NS1 por meio de ligações covalentes, permitindo uma alta estabilidade durante as
medidas. Todas as etapas de modificações da superfície eletródica foram caracterizadas
eletroquímica, estrutural e morfologicamente pelas técnicas de voltametria cíclica,
espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier com refletância total atenuada
(FT-IR ATR) e microscopia eletrônica de varredura, respectivamente. Um sistema de
microbalança de cristal de quartzo foi usado para controlar a espessura do poli-EDA
eletrossintetizado em ordem de nanoescala (~ 100nm). As respostas analíticas do
imunossensor à proteína NS1 foram obtidas por técnica de voltametria de pulso diferencial
exibindo uma faixa linear entre 20 e 800 ng/m; com limite de detecção de 6,8 ng/mL e
reprodutibilidade de 97,0%. Este imunossensor foi capaz de detectar a proteína NS1 em níveis
clínicos, em amostras de soro e de urina enriquecida coletados de indivíduos com Dengue e
com Zika. Assim, sugere-se que o polímero sintetizado e constituído com NTCs (poli-EDA/NTC)
apresenta potencial para o desenvolvimento de novas metodologias, proporcionando um
diagnóstico mais rápido, preciso e sensível em relação as técnicas existentes, podendo
viabilizar dados clínicos de indivíduos infectados, ATR FT-IR bem como estudos
epidemiológicos para auxiliar na abordagem sanitária de regiões endêmicas do mundo.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1257300 - JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
Externo à Instituição - MARCOS VINÍCIUS FOGUEL
Externa à Instituição - MARLI TENÓRIO CORDEIRO - Fiocruz - PE
Externa à Instituição - PATRICIA MUNIZ MENDES FREIRE DE MOURA - UPE
Interna - 1836797 - ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
Notícia cadastrada em: 19/10/2021 20:48
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