AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: LÓGICAS DISCURSIVAS NA REDE ESTADUAL
PERNAMBUCANA
Avaliação educacional; Pernambuco; Teoria do Discurso; Lógicas de Explicação Crítica.
A presente pesquisa qualitativa problematiza a avaliação educacional, utilizada pela
rede estadual de Pernambuco, por meio do Programa de Modernização da Gestão
Pública - Metas para a Educação. Ao compreendermos o campo educacional como
campo político, nos ancoramos na ontologia política pós-estruturalista, formulada pela
Teoria do Discurso Pós-estruturalista de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe (2015), com
a expansão, articulação e corrente interpretativa, proposta por Jason Glynos e David
Howarth (2007). Nosso objetivo é compreender a articulação que possibilita à política
pública pernambucana promover a padronização avaliativa das escolas da rede
estadual de ensino, bem como as condições e objetos que tornam esses padrões ou
rotinas de articulações possíveis. Formarão o corpus da pesquisa: documentos oficiais
- locais e nacionais, fontes bibliográficas, notícias veiculadas em diferentes mídias,
websites, pronunciamentos oficiais. Sinteticamente, intentamos oferecer as seguintes
contribuições relacionadas à avaliação do sistema educacional pernambucano: (a)
caracterização de seus regimes e práticas discursivas; (b) identificação da sua
emergência, contestação e transformação; (c) explicação crítica das maneiras pelas
quais ela prende e seduz os sujeitos. Portanto, criticamente envolveremos um plano
sincrônico para a caracterização e um plano diacrônico para a identificação da
reprodução e/ou subversão, procurando trazer à tona as normas tidas como certas do
sistema avaliativo em foco, as quais possibilitam sua hegemonia, bem como normas
e possibilidades reprimidas ou excluídas.