A INSERÇÃO DA ÁLGEBRA NOS ANOS INICIAIS COM ÊNFASE NO PENSAMENTO ALGÉBRICO: uma análise sob a ótica da Teoria Antropológica do Didático
Álgebra, pensamento algébrico, TAD, documentos
oficiais, livro didático.
Tradicionalmente, no currículo brasileiro, o ensino de Álgebra era iniciado
somente na 7ª série atualmente denominado de 8º ano. Aos Anos iniciais seria
suficiente o ensino da Aritmética voltada para a resolução de operações.
Acontece que a Base Nacional Comum Curricular, a BNCC em 2017 traz a
Álgebra como unidade temática que deve ser trabalhada desde o 1º ano com o
objetivo de desenvolver, nas crianças, o desenvolvimento do pensamento
algébrico. Portanto, decidimos buscar características deste tipo de pensamento
na visão de autores como Blanton e Kaput (2005) entre outros. O objetivo Geral
da pesquisa é identificar, à luz da Teoria Antropológica do Didático, as
praxeologias matemáticas presentes nas duas coleções mais vendidas no
PNLD (2019) buscando indícios de tarefas que possibilitem o trabalho com o
Pensamento Algébrico dos Estudantes nos Anos Iniciais. Analisamos duas
coleções dos Anos Iniciais usando como referencial teórico a noção de
praxeologia que faz parte da teoria antropológica do didático (TAD) de Yves
Chevallard (1990). Na análise utilizamos as 10 subcategorias criadas por
Blanton e Kaput (2005) para o pensamento algébrico depois de observação
das atividades proposta por uma professora do 3º ano a sua turma por um
período de um ano. Da análise realizada percebemos que as duas coleções
apresentam indícios do trabalho com o pensamento algébrico ao longo dos
anos. Foi possível identificar a presença do trabalho com a equivalência
explorando o aspecto relacional do sinal de igual, descoberta de regularidades
em sequências recursivas numéricas e geométricas, o cálculo de valores
desconhecidos, o trabalho com a proporcionalidade, estruturas das operações
e suas propriedades. Há uma interrelação entre as outras unidades temáticas e
Álgebra ao tratar situações promissoras do pensamento algébrico. Algumas
carências foram notadas como: tarefas que tratassem o número de forma
algébrica. Relações Funcionais buscando a determinação de uma lei de
formação e a descobertas de termos mais distantes na abordagem das
sequências numéricas recursivas.