GERENCIAMENTO DE RISCOS EM DESASTRES NATURAIS: modelos de decisão multicritério e baseado em agente para gestão emergencial de inundações
Decisão multicritério. MAUT. Desastres Naturais. Inundação. Gerenciamento Emergencial. Gerenciamento de Riscos. Simulação Baseada em Agente.
As recorrentes ocorrências de desastres naturais nos últimos anos têm feito a gestão emergencial de desastres ser um dos principais desafios para a sociedade, vista a necessidade de planejamento das ações durante situações de emergência. Sob essa perspectiva, como parte desta pesquisa, foi realizada de uma revisão sistemática da literatura, no intuito de identificar o estado da arte e as tendências dos trabalhos dentro do escopo desta pesquisa, para, então, propor um modelo multicritério baseado na Teoria da Decisão e Teoria da Utilidade Multiatributo (MAUT) no intuito de apoiar as decisões de emergência em resposta a ocorrência de inundação em áreas urbanas. O modelo proposto considera três dimensões de consequência: econômica, viabilidade de rota, capacidade e número de evacuados, possibilitando que o decisor obtenha um ranking das principais potenciais localizações para estruturação de abrigos emergenciais temporários e planejamento das ações de assistência nas áreas afetadas. Além disso, este trabalho buscou explorar como as técnicas de simulação, computacional, em especial os Modelos Baseados em Agente (MBA), podem ter um papel no gerenciamento de emergências e no planejamento urbano. Dessa forma, o Modelo baseado em Agente (MBA) que simula o comportamento das pessoas durante uma evacuação e operações humanitárias foi desenvolvido no ambiente AnyLogic®. Com isso, o modelo MCDA associado ao MBA busca contribuir com a sociedade no que concerne à estruturação da tomada de decisão de cenários emergenciais ao munir o decisor de uma abordagem quantitativa, multidimensional e computacional que leva em consideração as incertezas e as complexidades associadas ao problema. Portanto, a utiização do modelo proposto torna a tomada de decisão para seleção de abrigos e alocação de recursos mais eficiente, uma vez que permite que estes sejam geridos e alocados primeiramente àquelas alternativas com maior potencial de salvar e proteger vidas. Além disso, o modelo possui flexibilidade, podendo ser replicado em qualquer região do mundo afetada por desastres de inundações e, também, apresenta uma proposta alternativa com potencial de melhorias de gestão emergencial, possibilitando ao tomador de decisão ter acesso a informações e, com isso, uma melhor elaboração de respostas às crises.