Banca de DEFESA: JEAN CARLO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JEAN CARLO NASCIMENTO
DATA : 16/12/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

EVAPORAÇÃO EM PEQUENOS RESERVATÓRIOS, COM DIFERENTES COBERTURAS, NA REGIÃO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO


PALAVRAS-CHAVES:

evaporação; reservatório; proteção; cobertura; água.


PÁGINAS: 72
RESUMO:

As regiões de clima Semiárido, como é o caso predominante no nordeste brasileiro,
sofrem de forma demasiada com a escassez hídrica e os efeitos acarretados por ela. Tal
problemática pode ser atribuída ao fato de que a região é caracterizada por uma expressiva
variabilidade hidrológica, com baixos índices de precipitação e altas taxas de evaporação, e
pelos parâmetros climáticos relativamente extremos, como temperatura do ar e incidência solar,
que só agravam as necessidades hídricas nos diversos usos. Diante desse contexto, o presente
estudo objetivou a avaliação de meios que minimizem as perdas de água pelo fenômeno da
evaporação, em pequenos corpos hídricos. Para tanto, analisou-se diferentes materiais, em duas
etapas diferentes, que funcionam como coberturas físicas na superfície dos líquidos, atuando
como barreiras contra a energia solar e, consequentemente, reduzem as taxas de evaporação.
Na primeira etapa, foram feitos estudos durante aproximadamente oito meses e empregados
cinco reservatórios cobertos por: dois modelos de garrafas PET (Politereftalato de Etila), sendo
uma com material incolor (250 mL) e outra de cor verde (200 mL); duas telas de Polietileno
semelhantes nas cores verde e branca; uma tela também de Polietileno na cor preta. Já na
segunda, o período de análises durou cerca de cinco meses e acrescentou-se mais dois tipos de
reservatórios cobertos, sendo: um por outra tela preta de Polietileno, porém com espaçamento
menor entre as malhas, e outro coberto por embalagens aluminizadas, denominadas Tetrapak.
Nas duas etapas, utilizou-se um outro reservatório com a superfície exposta as condições
atmosféricas, tendo como finalidade servir de parâmetro de referência para as taxas de
evaporação. A periodicidade das medições da quantidade de água evaporada, aconteceu de
maneira semanal e, de acordo com a necessidade, adicionava-se água com o intuito de manter
o nível sempre elevado. Assim, foi possível identificar o bloqueio que os materiais
proporcionaram aos índices de evaporação. Nessa perspectiva, na primeira etapa, as coberturas
que apresentaram maior eficiência na mitigação das taxas foram as garrafas PET, com uma
redução percentual de 53,91% para as verdes e 45,36% para as incolores. Já na segunda etapa,
além das garrafas PET evidenciarem bons índices com, respectivamente, 40,62% e 37,72%, a
barreira composta pelas embalagens aluminizadas também tiveram destaque com uma
diminuição de 39,36%, apesar de exibirem rápida degradação e queda no desempenho. Em
relação as telas, as três utilizadas inicialmente expuseram melhor performance de bloqueio na
segunda etapa, devido a mudança climática, logo, são mais eficientes quando expostas a altas
temperaturas e forte incidência solar, não sendo relevantes em temperaturas mais amenas e com
presença de precipitação. A tela preta menos espaçada, adicionada na segunda etapa, foi a de
menor destaque com uma redução de apenas 14,13%. Por fim, foi feito um comparativo entre
métodos estimativos das taxas de evaporação com os valores coletados no reservatório de
referência. Esses modelos, utilizam os dados meteorológicos para suas estimativas de cálculo,
são eles: Thornthwaite (1948), Kohler et al. (1995) e Linacre (1993). Observou-se que o método
de Thornthwaite (1948) subestima a evaporação, o de Linacre (1993) superestima e o de Kohler
et al. (1955) é aquele que mais se aproxima da evaporação identificada na área.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2726911 - ANDERSON LUIZ RIBEIRO DE PAIVA
Externo ao Programa - 1130841 - JAIME JOAQUIM DA SILVA PEREIRA CABRAL
Externa ao Programa - 2193972 - LEIDJANE MARIA MACIEL DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 26/11/2021 16:34
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