HISTÓRIAS DE VIDA COMO MEDIAÇÃO PARA O FILOSOFAR
Palavras-chave: História de Vida. Experiência. Filosofar.
Este trabalho apresenta uma pesquisa sobre Histórias de Vida como mediação para o filosofar. Na sequência, a introdução apresenta os capítulos e o que cada um deles aborda. Os objetivos pretendidos inicialmente com o projeto de intervenção foram parcialmente alcançados, visto que eles se baseavam na interação das narrativas pretendidas com os estudantes. A metodologia utilizada direciona um diálogo pouco convencional, oportunizando a fala e o silêncio mediante a temática pretendida nos momentos vivenciais e o resultado de todo esse processo foi proveitoso, pois a experiência vivenciada pelos sujeitos que passaram por este processo, oportunizou uma reflexão acerca deles e do mundo da vida. Isto posto, é fundamental o entendimento do que pode ser as histórias de vida na vida do sujeito e as experiências que esse sujeito adquire e perpassam por ele, tocando-o de forma que seja algo que ele experimenta, que prova, que o toca, que o atravessa, compreendendo a vida e o mundo, percebendo que “as experiências que vivemos acontecem nos mundos históricos e sociais aos quais pertencemos e trazem, portanto, a marca das épocas, dos meios, dos ambientes nos quais nós as vivemos, (Momberger, 2016 p. 137)”. Podemos considerar que o sujeito vive suas experiências nos mais diversos tempos e espaços, escrevendo sua história a partir das vivencias e experiências, podendo ser elas individuais ou coletivas, singulares ou plurais, havendo a possibilidade do sujeito perceber ele como ser da experiência. A experiência vivenciada e as histórias de vida narradas mediarão a trajetória que será trilhada por todos que farão parte dos momentos de vivência, pensando na experiência como algo “que se dá na relação entre conhecimento e vida humana (Larrosa, 2018)”. Este trabalho terá como objetivos o pensar a vida como experiência e possibilitar que através das Histórias de Vida compartilhadas, possa haver a mediação do filosofar nas salas de aula do ensino médio. O embasamento o aporte teórico das leituras de Larrosa (2018), e sua percepção sobre experiência, sendo o sujeito passional, receptivo, aberto, exposto, ao que possa o tocar. A partir da experiência incrustada nas histórias de vida, foi permissível, como docente, perceber o dia a dia em sala de aula e a construção diária de cada sujeito que faz parte do chão da escola, construtor de história e de experiência. A proposta interventiva aconteceu através de uma pesquisa exploratória do pilar das vivências e experiências que os estudantes traziam em si, e que cada experiência vivenciada transforma o sujeito a cada segundo, pois ao passar pela experiência ele não será mais o mesmo sujeito, e com o cuidado de que, só o próprio sujeito pode retratar sua experiência. O resultado obtido demonstra que se faz necessário destacar a importância do filosofar no patamar educativo, sendo oportunizado a fala, ou mesmo o silêncio, dos estudantes que fazem parte da escola e do processo educacional.