Debates em torno dos direitos e o julgamento de Adolf Eichmann: o recurso do júri-simulado como prerrogativa de aprendizagem no espaço escolar
Direitos; Holocausto; Julgamento de Adolf Eichmann; Aula-oficina; Júri simulado.
O trabalho aborda questões referentes a direitos na sociedade tendo como norte o
holocausto dos judeus e posterior julgamento de Adolf Eichmann em Jerusalém.
Investiga a importância de expor essa problemática no ambiente escolar como
perspectiva de aprendizagem e trazer a compreensão para os alunos de que as leis,
convenções e tratados internacionais surgem das demandas sociais, como a Declaração
Universal dos Direitos Humanos de 1948, e alertar da gravidade que é desprover
determinados grupos de direitos, fato que ocorreu na Alemanha nazista. Pretende
analisar a figura de Adolf Eichmann que, para Hannah Arendt, não se diferenciava de
qualquer outro indivíduo e não parecia um monstro, mas enviou judeus para morrerem
nos campos de concentração sob alegação de que estava apenas cumprindo ordens e não
poderia fazer diferente do que foi feito, o que Arendt vai chamar de banalidade do mal.
Com base em Isabel Barca e sua abordagem da aula-oficina, tenciona desenvolver o júri
simulado sobre o julgamento de Adolf Eichmann para que os alunos se vejam como
coparticipantes da construção do processo histórico, ao mesmo tempo que
compreendam o entrelaçamento entre as lutas do passado e as demandas do presente.
Como produto a proposta é formular uma cartilha sobre júri simulado que auxilie
professores da disciplina história a trabalhar essa temática em sala de aula como forma
de contribuir na formação do conhecimento histórico do estudante.