Banca de DEFESA: FRANCKEL MOREAU

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FRANCKEL MOREAU
DATA : 27/05/2022
HORA: 16:00
LOCAL: remoto
TÍTULO:

O brega funk como estratégia identitária e de resistência dos jovens da periferia recifense


PALAVRAS-CHAVES:

Brega funk, juventude, periferia urbana, decolonialidade, etnografia.


PÁGINAS: 150
RESUMO:

Essa dissertação visa uma contribuição a etnografia do brega funk nas periferias da Região Metropolitana do Recife/Pernambuco, focando o fenômeno pela sua apropriação em termos de resistência e identidade. Interessa a relação compartilhada entre os jovens da periferia e essa cultura performativa (musical, coreográfica, estilística, e discursiva), a qual carrega, pela sua localização, marcadores coloniais (sociais, econômicos e raciais) históricos, constantemente criticados. O grupo Magnatas do Passinho S.A., do bairro de Santo Amaro, foi um interlocutor importante na pesquisa pelo seu empenho em fortalecer o movimento e pela representatividade que suscita entre a juventude e diversos públicos. Par eles, pelo brega funk, "o povo da favela está reivindicando seus espaços", deixando a entender que a localização urbana dessa cultura é precisamente o vetor de emancipação dos numerosos estigmas que qualificam a periferia. Para contemplar estes eixos problemáticos, usou-se o método etnográfico com observação participante direta, entrevistas, e analise de documentos acessíveis na internet, não somente por que a pesquisa de campo coincidiu com a suspensão dos shows e os interditos de aglomeração na cidade, mas também por ser um poderoso instrumento de divulgação, reprodução, e de consumo dessa cultura. Numa primeira parte, após expor os métodos e técnicas da pesquisa de campo, discuto a historiografia do brega funk na literatura especializada, me interessando às suas influências culturais locais, nacionais, e globais. Em segundo lugar, à luz da perspectiva decolonial e da sociologia da musica inscrita numa perspectiva pós-moderna, discuto as relações dos bregueiros com as  categorizações raciais, sociais, e de subalternidade associadas à periferia, para a construção do seu próprio discurso identitário e localização sociocultural. Enfim, discuto as estratégias discursivas e performáticas que usam para afirmar sua identidade, sua criatividade, e potencializar a sua (re)apropriaçao de forma a entender como o brega funk consegue ressocializar a periferia entre coletivos socioculturais heterógenos ao mesmo tempo em que a relocalizam.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GILSON JOSE RODRIGUES JUNIOR
Presidente - 1938872 - LAURE MARIE LOUISE CLEMENCE GARRABE
Externo ao Programa - 1971764 - OUSSAMA NAOUAR
Notícia cadastrada em: 04/05/2022 17:16
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa03.ufpe.br.sigaa03