"VULNERABILIDADE EM AMBIENTE DE PRAIAS ARENOSAS DA ILHA DE FERNANDO DE NORONHA UTILIZANDO-SE AEROLEVANTAMENTO POR VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado)”.
Sedimentologia de praia, vulnerabilidade costeira, evolução da linha de costa, aerolevantamento, GNSS.
Resumo
As praias arenosas da Ilha principal do Arquipélago de Fernando de Noronha,
que leva o seu homônimo, distrito do Estado de Pernambuco, situada no
nordeste do Brasil, no Oceano Atlântico Sul Equatorial, as suas praias
apresentam uma alta frequência turística, se destacam pelas belezas naturais
e encontram-se como um dos principais destinos turísticos do BrasilL. A
presente pesquisa teve como objetivo identificar os agentes naturais e
antrópicos que afetam o meio ambiente das praias arenosas setentrionais do
da ilha de Fernando de Noronha, a fim de avaliar a vulnerabilidade das praias:
Conceição, Boldró, Bode, Quixambinha e a praia da Cacimba do Padre. Em
razão das ações antrópicas e a dinâmica da natureza à erosão costeira. Para
isso foram utilizados Geoindicadores, geomorfólogicos e sedimentológicos, do
ambientes de praia no litoral noronhense, como as varáveis, declividade,
largura de praia, elevação do terreno, vegetação e ocupação humana, em
combinação espacial a partir de camadas raster e executadas através de
metodologias de álgebra de mapas. Os dados de campo foram obtidos a partir
de ortomosaicos processados de aerolevantamento com VANT (Veículo aéreo
não tripulado), incluindo a fase de processamento fotogramétrico, pontos de
controle medidos com pares de receptores GNSS (RTK) por SALIM (2019),
mapeamento das áreas estudadas, com a coleta de sedimentos nos ambientes
de praia, medições da linha de costa atual e registro fotográficos. O
processamento da evolução da linha de costa foi realizado através do programa
de análise espacial de variação de linha de costa DSAS-USGS. A partir desses
dados foi possível produzir informações espaciais sobre a vulnerabilidade
costeira, utilizando a metodologia dos pesquisadores Berger (1997) e Bush et
al. (1999) Gornitz et al. (1994), Cobum (2002) e Mazzer (2007). Os resultados
mostraram uma declividade suave e a presença de águas deixadas pela maré
alta (maceiós). Essas praias apresentaram sedimentos finos, presentes no
estirâncio, vegetação no ambiente praial quase inexistente e uma pós-praia
reduzida ou ausente. A variação da linha costa entre os anos de 2019 e 2021
apresentaram taxas de recuo da linha de costa que compreendem as praias da
Conceição (recuo -1,20 m/ano), Boldró (recuo -4,04 m/ano), Bode (recuo -8,41
m/ano) , Quixambinha (recuo -14,05 m/ano) e Cacimba do Padre (recuo 0,18
m/ano). A vulnerabilidade nas praias (estudadas foram avaliadas como alta,
pois a ocupação humana através de instalação de edificações e remobilização
de sedimetnos no ambiente pós-praia e associada a alta energia nesses
ambientes potencializam a erosão nesses locais.
Palavras-chave: Sedimentologia de praia, vulnerabilidade costeira,
evolução da linha de costa, aerolevantamento, GNSS