EFEITO DA INGESTÃO DE CAFEÍNA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA FADIGA NEUROMUSCULAR FRENTE AO EXERCÍCIO DE ALTA INTENSIDADE EM INDIVÍDUOS COM RESTRIÇÃO DE SONO
Sono; Cafeína; Desempenho atlético; Fadiga muscular; Fadiga
INTRODUÇÃO: O prejuízo do sono pode antecipar o desenvolvimento da fadiga neuromuscular durante o exercício de alta intensidade EAI e, isto, pode estar associado a alterações na ventilação respiratória e acidose. A cafeína parece favorecer à manutenção da ventilação respiratória e controle ácido-base prevenindo a queda no pH sanguíneo e o desenvolvimento da fadiga neuromuscular durante o EAI. OBJETIVOS: Investigar o efeito da cafeína nas respostas ventilatórias e metabólicas e o desenvolvimento da fadiga central e periférica durante o E00AI precedido pela restrição do sono. METODOLOGIA: Doze homens realizaram 5 visitas, duas para teste incremental e familiarização, e nas visitas 3, 4 e 5 fizeram um EAI em 3 blocos: 1 - sono habitual e ingestão de placebo (SH); 2 - restrição de sono e placebo (RP) e; 3 - restrição de sono e cafeína (RC). RESULTADOS: A VE(l/min) na RC foi maior do que na RP no exercício à exaustão (p < 0,05). O tempo de exercício à exaustão foi maior na RC do que RP (p < 0,05). A PSE final foi menor na RC do que RP (p < 0,05). O pH sanguíneo foi mantido nas condições. CONCLUSÃO: A cafeína pode aumentar tempo de exercício à exaustão precedido de restrição de sono e esse efeito parece estar relacionado com sua capacidade de aumentar a VE, protelando a acidose e fadiga neuromuscular.