Efeito do peso ao nascer, consumo alimentar, comportamento sedentário e do contexto familiar no aparecimento de indicadores de síndrome metabólica entre escolares dos 7 aos 9 anos do município de Vitória de Santo Antão/PE
Risco Cardiovascular; Síndrome Metabólica Infantil; Comportamento Alimentar; Sedentarismo.
O peso ao nascer, consumo alimentar, comportamento sedentário e contexto familiar podem influenciar no surgimento de fatores de risco para síndrome metabólica (SM) em crianças. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do peso ao nascer, composição corporal, consumo alimentar e indicadores do sedentarismo sobre os fatores de risco de doenças cardiovasculares e síndrome metabólica em crianças dos 7 aos 9 anos de idade de ambos os gêneros residentes no município de Vitória de Santo Antão. Para isso, foi utilizado o banco de dados do projeto CRESCER COM SAÙDE do período de 2018 – 2019 em Vitória de Santo Antão. Foram incluídas no estudo 141 crianças de 4 escolas municipais, onde foram coletadosos dados demográficos, antropométricos, bioquímicos e de pressão arterial (PA). Foi considerado SM na presença de três ou mais fatores de risco: HDL baixo (<40mg/dL); hipertrigliceridemia (>110mg/dL), obesidade abdominal (> percentil 90), hiperglicemia (glicemia >110mg/dL) e PA alterada (> percentil 90). O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética. Os resultados preliminares foram: o contexto familiar apresentou diferença significativa para fatores de risco entre crianças que residem com mãe e pai, mãe, pai e outro parente; e uma prevalência relativa a fatores de risco de crianças que residem com outros parentes onde, das 14 crianças avaliadas, 5 apresentaram dois fatores de risco e 5 apresentaram três ou mais fatores de risco. Também, o principal meio de transporte não motorizado aumentou o risco de fatores de risco para SM. Na tabela descritiva, foi observado circunferência da cintura, o percentual de gordura corporal e massa gorda aumentaram conforme aumentou no número de fatores de risco, a SM apresentou diferenças exclusivamente para a circunferência de quadril, percentual de gordura corporal e massa gorda para os demais grupos.Crianças com SM apresentaram um padrão semelhante de composição corporal e as crianças com mais de dois fatores de risco para a massa corporal, IMC e circunferência de quadril, que apresentaram valores superiores quando comparados com as crianças com um ou nenhum fator de risco. Diferenças para a MLG foram observadas apenas entre o grupo que não apresentou fatores de risco e os grupos com mais de dois fatores de risco. Não foram observadas diferenças quanto ao peso ao nascer e consumo alimentar entre os grupos. Na análise de correlação, o peso ao nascer não apresentou correlação entre as variáveis de fatores de risco para síndrome metabólica: glicose, circunferência da cintura, triglicerídeos, lipoproteína de alta densidade, pressão arterial sistólica e diastólica. Conclui-se que os fatores de risco cardiovasculares e a síndrome metabólica obtiveram associação com o contexto familiar, variáveis antropométricas e composição corporal, no entanto não foram observadas diferenças quanto o peso ao nascer e consumo alimentar.