ENSAIO IMUNOQUIMILUMINESCENTE DE MARCADORES PROGNÓSTICOS PARA LESÕES TUMORAIS PROSTÁTICAS
Hiperplasia Prostática Benigna; Câncer prostático; calprotectina; ADAM10; CD3; CD20; imunoquimiluminescência.
As alterações tumorais na próstata estão associadas ao envelhecimento, sendo a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) a alteração proliferativa mais frequentemente observada. Já o câncer próstático (CaP) é o segundo mais comum em homens em todo o mundo. Esse estudo objetivou quantificar através da detecção imunoquimiluminescente biomoléculas em tecido prostático em busca de possíveis marcadores prognósticos. Foram utilizados anticorpos para os antígenos da calprotectina, ADAM10, CD3 e CD20. Eles foram submetidos à conjugação com éster de acridina para detecção imunoquimiluminescente e avaliação da matriz extracelular em biópsias de pacientes com HPB (n = 90), CaP (n = 30) e controle (n=20). A média de idade dos pacientes foi de 67,4 anos (± 7,2 anos), sendo a faixa etária entre 60 e 69 a que apresentou o maior número de casos tanto de CaP (53,3%) quanto de HPB (57%). Em relação ao escore de Gleason (classificação padrão para tumores de próstata) foi observado uma ocorrência significante do escore 7 (86,2%), sendo o escore 7 (3+4) o de maior frequência 56,66%. A quimioluminescência emitida como uma expressão das proteínas calprotectina, ADAM10, CD20 e CD3 foi estatisticamente significativamente maior em CaP do que HPB e controle. Além disso, também foram observados valores mais altos de expressão em amostras que apresentaram escore de Gleason mais alto. Os resultados quantitativos deste estudo sustentam a hipótese de que o aumento da expressão da ADAM10, calprotectina e CD20 e CD3 seja resultado da migração de neutrófilos e células plasmocitárias para os tecidos alterados aumentando a probabilidade de desenvolvimento e agravamento de processos neoplásicos.