Banca de QUALIFICAÇÃO: FELYPE THOMAZ DE BRITO ROCHA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FELYPE THOMAZ DE BRITO ROCHA
DATA : 07/12/2022
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

BIOPROSPECÇÃO DE PROTEASES PRODUZIDAS POR FUNGOS DO GÊNERO Aspergillus: PURIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E APLICAÇÃO BIOTECNOLÓGICA


PALAVRAS-CHAVES:


Aspergillus sp., Fermentado stado sólido, Enzimas proteolíticas, Atividades biológicas


PÁGINAS: 70
RESUMO:

As proteases são um grupo de enzimas que possuem a capacidade de hidrolisar ligações peptídicas extremamente importantes para indústria, sendo seu uso correspondente a 60% das enzimas comercializadas. Devido a essa importância, faz-se necessário a utilização de novas fontes de obtenção ou de novas formas de diminuir o custo de produção dessas enzimas. Pensando nisso a utilização de resíduo agroindustrial em associação com processos fermentativos pode ser uma forma de obtenção de novas enzimas, além de auxiliar a atenuar os sérios danos ambientais causados pela eliminação desses resíduos na natureza. O presente trabalho teve como objetivos utilizar linhagens do fungo Aspergillus sp. na produção de protease através da Fermentação Estado Sólido (FES); purificar a enzima alvo por processos cromatográficos e determinar as características bioquímicas da protease produzida e isolada. O A. sydowii e o A. serratalhadensis foram isolados do café e do solo do Sertão pernambucano, respectivamente. Para a produção foram avaliados o tempo de fermentação, a umidade e a concentração de substrato. Para o processo de purificação foram utilizadas técnicas de precipitação com acetona e colunas cromatográficas utilizando como resina a DEAE-Sephadex e gel filtração Superdex 75. Foram analisados os extratos brutos e purificados. Os extratos foram submetidos à caracterização quanto a sua termoestabilidade, temperatura e pH ótimos, efeitos de inibidores e íons metálicos. Na fermentação com o A. sydowii, o extrato bruto apresentou atividade proteolítica de 412U/mL, tendo uma inibição pelo fenilmetilsulfonilflúor (85%) e o íon Fe+3 que aumentou a atividade em 69%. A atividade ótima foi encontrada em pH 8 a 45°C, com estabilidade térmica do extrato entre 25°C e 45°C, mantendo 85% de sua atividade inicial. A protease purificada apresentou um tamanho de 48 KDa, a técnica utilizada apresentou um alto rendimento de 5,9 vezes, a recuperação de 53% e a atividade proteolítica de 256 U/mL. A enzima teve uma inibição pelo fluoreto de fenilmetilsulfonila (60%) e o íon Cu+2 (56,5%). A atividade ótima foi observada em pH 8,0 a 45°C, com estabilidade da enzima entre 35°C e 50°C, mantendo 70% de sua atividade inicial. Com o A. serratalhadensis o extrato bruto apresentou atividade proteolítica de 633 U/mL, tendo uma inibição de pelo íon Zn+2 (ZnSO4) de 49,5% e o íon Na+ (NaCl) e K+ (KCl) aumentaram a atividade para 111,9% e 119,1% respectivamente. A atividade ótima foi encontrada em pH 6 a 35°C, com estabilidade termica do extrato entre 25 °C e 55°C, mantendo 70 % de sua atividade inicial. A protease purificada apresentou atividade proteolítica de 211 U/mL e atividade específica de 347 U/mg. As linhagens isoladas de A. sydowii e de A. serratalhadensis foram eficazes para a produção de protease com potencial biotecnológico através da FES utilizando o resíduo de café, além de uma possivel solução para o dano ambiental provocado pelo resíduo utilizado.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.147.764-** - ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO - UFRPE
Interno - ***.993.114-** - ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA - UFRPE
Externo à Instituição - THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO - UFPI
Notícia cadastrada em: 06/12/2022 16:32
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