COMUNIDADES QUILOMBOLAS E AGROECOLOGIA: O SABER DOS POVOS TRADICIONAIS NA PRESERVAÇÃO DA CAATINGA.
Palavras chaves: Educação Ambiental; Caatinga; Saber Empírico; Quilombo.
O conhecimento sobre as comunidades tradicionais e suas heranças culturais nos permite conhecer a vivência e a história, dos mais variados povos, integrando assim os saberes e moldando uma percepção cultural para dentro da sociedade, enfatizando a importância da valorização do conhecimento das comunidades. A Agroecologia é uma ciência integradora e detentora dos mais diversos ramos das ciências, quando falamos de comunidades tradicionais, educação popular, ambiental e a conservação integramos todos os sistemas e todos os tipos de conhecimento, é isso que a agroecologia nos proporciona. A associação de práticas e a construção de um saber popular proporcionado por heranças culturais faz com que a agroecologia busque caminhos que unifiquem atividades e pensamentos tanto no campo quanto na cidade, tanto no laboratório, quanto nas mais diversas comunidades. No Sertão Pernambucano a realidade dos povos quilombolas é de resistência e resgate da sua cultura, a caatinga sofre com intensas queimadas, exploração devido a agricultura e principalmente ao tráfico de animais, é necessário muito mais que um projeto de educação ambiental, é necessário mostrar como as comunidades e grupos sociais que dependem desse bioma atuam com promoção de atividades que permitam aos municípios entender a importância não só histórica, não só ambiental, mas também a tradicional de cada povo. Foram realizadas entrevistas com membros e representantes de 3 comunidades quilombolas nos municípios de Belém do São Francisco – PE, Salgueiro – PE e Itacuruba – PE. Foram analisados dados que falam sobre questões sociais, atividades de preservação e agroecologia; os dados obtidos confirmam que a ação da agroecologia dentro das comunidades ajuda na preservação de parte do bioma Caatinga.