INTERAÇÃO EXERCÍCIO FÍSICO/SISTEMA COLINÉRGICO: ANÁLISE ELETROFISIOLÓGICA EM RATOS DESNUTRIDOS E NUTRIDOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO TÓPICO CORTICAL COM AGONISTA E ANTAGONISTA COLINÉRGICO
Aplicação Tópica cortical, pilocarpina, escopolamina, depressão Alastrante e Desnutrição.
Os neurônios colinérgicos, produtores do neurotransmissor acetil-colina (ACh), desempenham papel essencial na regulação de processos fisiológicos no organismo de mamíferos. O exercício físico regular exerce efeitos benéfico sobre o desenvolvimento e funções cerebrais. A desnutrição continua a ser uma preocupação global, afetando milhões de pessoas em diferentes partes do mundo, e seu estudo experimental ajuda a entender seus efeitos sobre o funcionamento adequado do organismo em todas as suas dimensões. Neste trabalho, estudou-se, em ratos exercitados e sedentários, os efeitos da aplicação tópica cortical do agonista colinérgico Pilocarpina e do antagonista Escopolamina sobre a propagação do fenômeno eletrofisiológico denominado Depressão Alastrante Cortical (DAC). Adicionalmente, investigou-se a influência da desnutrição na ação desses fármacos. Os resultados confirmaram que o exercício físico em esteira desacelerou a propagação da DAC. À semelhança do observado previamente com a aplicação sistêmica da pilocarpina, no presente estudo a aplicação tópica de pilocarpina na concentração de 10 mg/ml, mas não na de 5 mg/ml, desacelerou significativamente, de forma reversível, a propagação da DAC. Ao contrário, a escopolamina (também de forma dose-dependente), bem como a desnutrição, acelerou a DAC, e o efeito da escopolamina não foi impedido pela desnutrição. Concluiu-se que a modulação farmacológica da atividade colinérgica cerebral está inversamente associada à propagação da DAC. O exercício físico, que é considerado neuroprotetor, não impediu, mas modulou, a ação da pilocarpina, e da Escopolamina. A eficácia da aplicação tópica do agonista e do antagonista colinérgicos sugere que a ação colinérgica sobre a DAC, mesmo em tratamento farmacológico sistêmico, como estudado anteriormente, baseia-se em mecanismos localizados no tecido cerebral.