PPGBQF PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA - CB DEPARTAMENTO DE BIOQUIMICA - CB Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de QUALIFICAÇÃO: MAXMILIANA FERNANDA ALVES MARIANO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAXMILIANA FERNANDA ALVES MARIANO
DATA : 13/03/2024
LOCAL: Departamento de Bioquímica da UFPE
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIMICROBIANA E ANTI-INFLAMATÓRIA DA LECTINA DE SEMENTES DE Aesculus hippocastanum (AhSL)


PALAVRAS-CHAVES:

castanha da Índia; proteína antimicrobiana; Candida; bactérias; inflamação.


PÁGINAS: 95
RESUMO:

As lectinas são proteínas que se ligam a carboidratos e apresentam diversas atividades biológicas. Dentre os mecanismos de ação das lectinas, encontra-se a capacidade de interação com glicoconjugados de superfícies celulares. Aesculus hippocastanum, conhecida como castanheira-da-índia, é uma planta comumente utilizada por suas propriedades anti-inflamatória e vasoprotetora, sendo inclusive utilizada na produção de fitoterápicos. Uma lectina foi isolada das sementes de A. hippocastanum, sendo denominada AhSL (A. hippocastanum seed lectin). AhSL é uma proteína acídica, cuja atividade hemaglutinante é inibida por monossacarídeos, dissacarídeos e glicoproteínas e estável após aquecimento (30–100 °C) e em pH 4,0–8,0. Essa proteína também possui atividade inibidora de tripsina e apresentou efeito imunomodulador sobre esplenócitos murinos. O presente trabalho tem como objetivos avaliar as atividades antibacteriana, antifúngica e anti-inflamatória de AhSL. A lectina foi isolada seguindo o procedimento previamente estabelecido, a partir da cromatografia do extrato salino das sementes em coluna de DEAE-Sephadex equilibrada com tampão Tris-HCl 0,1 M pH 8,0. AhSL foi eluída com o mesmo tampão, porém contendo NaCl 1,0 M. A atividade antimicrobiana da lectina foi avaliada através do ensaio de microdiluição para determinação das concentrações mínima inibitória (CMI), bactericida (CMB) ou fungicida (CMF) para cada microrganismo avaliado: fungos Candida albicans URM-5901, Candida krusei URM-6391, Candida tropicalis URM-6551, Candida parapsilosis URM-6951 e Candida glabrata URM-4246; bactérias Serratia marcescens UFPEDA-352, Escherichia coli UFPEDA-224, Klebsiella pneumoniae UFPEDA-396, Salmonella enteritidis UFPEDA-414, Staphylococcus aureus UFPEDA-02 (susceptível) e UFPEDA-670 (resistente à oxacilina), Staphylococcus saprophyticcus UFPEDA-833, Pseudomonas aeruginosa UFPEDA-416 e UFPEDA-261. Também foram avaliados possíveis efeitos sinérgicos junto a antibióticos e antifúngico comerciais, bem como a capacidade de AhSL em inibir a formação de biofilmes. AhSL inibiu o crescimento das células das leveduras C. glabrata (CMI: 2,04 µg/mL), C. krusei (CMI: 8,12 µg/mL), C. albicans (CMI: 130 µg/mL) e C. tropicalis (CMI: 65 µg/mL) e apresentando também atividade fungicida (CMF: 130 µg/mL) para as duas últimas. Quando combinações da lectina com fluconazol foram avaliadas, foi detectado efeito aditivo para C. albicans, C. krusei e C. glabrata e efeito sinérgico para C. parapsilosis. Não foi observada ação antibiofilme da lectina sobre as leveduras. AhSL inibiu o crescimento de E. coli, K. pneumoniae, P. aeruginosa UFPEDA-416 e -261, S. marcescens, S. aureus UFPEDA-02 e -670 e S. saprophyticcus UFPEDA-833 (CMI: 38,0, 0,625, 38, 38, 0,625, 19, 38 e 38 µg/mL, respectivamente). Efeito bactericida (CMB: 76,0 µg/mL) foi detectado para E. coli, P. aeruginosa UFPEDA-261, S. aureus UFPEDA-02 e -670 e S. saprophyticcus UFPEDA-833. Com relação às combinações com antibióticos, observou-se efeito aditivo contra S. enteritidis. Nos demais casos, a combinação foi indiferente. Também não foi detectada ação antibiofilme de AhSL sobre as bactérias avaliadas. Os ensaios de atividade anti-inflamatória estão em andamento.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1960817 - THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
Interna - 1133984 - PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
Externo ao Programa - ***.920.654-** - GUSTAVO RAMOS SALLES FERREIRA - UFPE
Notícia cadastrada em: 21/02/2024 09:36
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa06.ufpe.br.sigaa06