PPGBQF PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA - CB DEPARTAMENTO DE BIOQUIMICA - CB Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: GEANE RODRIGUES CHAVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEANE RODRIGUES CHAVES
DATA : 25/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Bioquímica
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E DAS ATIVIDADES ANTI-INFLAMATÓRIA, ANTINOCICEPTIVA E CICATRIZANTE DE EXTRATO HIDROALCÓOLICO DE FOLHAS DE Jatropha mollissima (Pohl) Baill.


PALAVRAS-CHAVES:

Euphorbiaceae; Pinhão-bravo; Analgesia; Cicatrizante; Polifenóis.


PÁGINAS: 90
RESUMO:

Jatropha mollissima (Pohl) Bail (Euphorbiaceae) é uma planta medicinal endêmica do semiárido do Nordeste do Brasil, conhecida popularmente como “pinhão-bravo”. Entretanto, são poucos  os estudos que avaliam a segurança de seu uso e o potencial farmacológico. Nesse sentido, a presente tese teve como objetivo avaliar a toxicidade e atividades antioxidante, antinociceptiva e cicatrizante de um extrato hidroetanólico de folhas de J. mollissima (JMLE, do inglês J. mollissima leaf extract). Caracterização fitoquímcia do extrato foi realizada cromatografia de camada delgada (CCD), dosagem de compostos fenólicos e flavonoides e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A ação antioxidante do extrato foi investigada por meio dos ensaios do fosfomolibdênio e de captura dos radicais DPPH e ABTS+. Estudo de toxicidade compreendeu a avaliação de atividade hemolítica in vitro e ensaio de toxicidade aguda oral (2000 mg/kg) em camundongos. A ação antinociceptiva de JMLE (50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) foi determinada pelos testes de contorções abdominais (induzidas por ácido acético), teste da formalina e teste de retirada da cauda. Por fim, a ação cicatrizante foi avaliada por aplicação tópica de gel contendo o extrato (500 mg) em feridas experimentais. A triagem fitoquímica por CCD revelou a presença de flavonoides, derivados cinâmicos, saponinas, açúcares redutores e terpenos. JMLE apresentou alta concentração de compostos fenólicos (620,63 ± 1,47 mg EAG/g) e flavonoides (22,55 ± 0,55 mg EQ/g). O perfil em CLAR apresentou 10 picos, sendo seis correspondentes a flavonoides e três a derivados cinâmicos. Vitexina foi detectada no pico 9, correspondendo a um teor de 1,104±0,0028 g%. JMLE apresentou capacidade antioxidante total pelo método do fosfomolibdênio com CI50 de 123,4±1,2 µg/mL e foi capaz de eliminar os radicais livres DPPH e ABTS+ (CI50 de 87,84±1,1 µg/mL e 49,08±0,7 µg/mL, respectivamente). O extrato demonstrou baixa atividade hemolítica, promovendo 18,16% de hemólise na maior concentração testada (10 mg/mL). No ensaio de toxicidade aguda, não houve mortalidade nem alterações comportamentais, hematológicas e histopatológicas. Foi detectado redução do perfil lipídico (colesterol total, triglicerídeos, HDL, LDL e VLDL) quando comparado ao controle. O tratamento com JMLE nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg reduziu as contorções abdominais em 40,41%, 58,77% e 71,42%, respectivamente. No teste de dor induzida por formalina, o extrato nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg reduziu o tempo de lambida da pata na primeira fase em 30,19%, 47,58% e 65,24%, respectivamente, enquanto na segunda fase, a redução foi de 40,49%, 58,05% e 79,30%. Naloxona (2 mg/kg, i.p.) inibiu o efeito de JMLE (200 mg/kg) em 65,54% na primeira fase e 86,39% na segunda fase do teste da formalina, indicando a participação de receptores opioides na ação do extrato. No teste de retirada de cauda, a administração oral de JMLE aumentou o tempo de latência em todos os períodos avaliados. O gel contendo JMLE (500 mg) promoveu aumento significativo na cicatrização das feridas quando comparado ao controle negativo. O tratamento com o gel promoveu redução de 60,94% e 51,97% nos níveis de TNF-α e IL-1β.  Em conclusão, JMLE mostrou efeitos analgésicos em modelos de dor induzida por estímulos químicos e térmicos atuando possivelmente pela via opiodérgica, além de apresentar um efeito significativo na redução de feridas cutâneas com redução de citocinas pró-inflamatórias. Adicionalmente, em aplicação única até uma dose de 2000 mg/kg, não há evidência de toxicidade oral causada por este extrato.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1960817 - THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
Interno - ***.833.854-** - EMMANUEL VIANA PONTUAL - UFPE
Externa à Instituição - ELISANGELA CHRISTHIANNE B DA SILVA - FPS
Externa à Instituição - LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA - UFPE
Externo à Instituição - RÔMULO CARLOS DANTAS DA CRUZ - UFPE
Notícia cadastrada em: 18/08/2023 09:36
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