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Banca de DEFESA: LEONARDO DE MELO CARNEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEONARDO DE MELO CARNEIRO
DATA : 06/10/2023
HORA: 09:00
LOCAL: ambiente virtual (remotamente)
TÍTULO:

OS METATÉRIOS DA BACIA DE ITABORAÍ: sistemática e diversidade


PALAVRAS-CHAVES:

Didelphimorphia; Eoceno Inicial; Itaboraiense; Marsupialia; Petroso


PÁGINAS: 668
RESUMO:

Metatheria representou o grupo de mamíferos paleogenos de maior diversidade da América do Sul. Dentre as faunas paleogenas, a fauna de metatérios do Eoceno Inicial (Itaboraiense SALMA) da Bacia de Itaboraí, São José de Itaboraí, RJ, Brasil, é uma das mais proeminentes. Esta fauna preservou a maior diversidade de metatérios insetívoros, frugívoros e táxons com especializações durófagas (GaylordiaDidelphopsisEobrasilia Periprotodidelphis) em uma única associação faunística do Paleogeno-Neogeno das Américas. Os metatérios foram representados por 29 gêneros e 43 espécies cuja massa corporal variou entre menos de 10 gramas (Minusculodelphis spp.) a mais de 6kg (Silvenator brasiliensis Eobrasilia coutoi), abrangendo diversos nichos tróficos: frugívoros, folívoros, faunívoros, insetívoros, durófagos e onívoros. Durante a presente tese, a descoberta de novos espécimes (dentição, dentários e maxilas) elevou para mais de 1000 exemplares tombados em coleções brasileiras. Esses espécimes permitiram conhecer a dentição superior, inferior e dentário de quase todos os metatérios de Itaboraí. A fauna metateriana de Itaboraí compreendeu os mais antigos representantes conhecidos dos Didelphimorphia (Monodelphopsiidae rank nov.: Monodelphopsis; e Protodidelphidae: GuggenheimiaProtodidelphisRobertbutleria Carolocoutoia), e também um possível Australidelphia-“Woodburnodontidae” (Austropediomys), a linhagem-irmã aos Microbiotheria e Diprotodontia. Nesta tese, Robertbutleria foi resgatado com base em inúmeras características compartilhadas exclusivamente com Carolocoutoia em comparação a Protodidelphis. A presença de Paucituberculata não foi confirmada na fauna, visto que “Riolestes” deve representar um dente decíduo de Robertbutleria. Sparassodonta foi representado na fauna por PateneSilvenator e Sparassodonta gen. nov., que ocuparam o nicho trófico dos principais mamíferos predadores. Polydolopimorphia foi representado por Epidolops, o metatério mais abundante dessa fauna; Gashternia, de dieta folívoro-frugívora; e os enigmáticos Periprotodidelphis Eobrasilia. “Zeusdelphys complicatus” é aqui reconhecido como um sinônimo júnior de Ecoutoi. A grande variedade de “ameridélfios” Itaboraienses incluiu, entre outros, “Peradectoidea”? (Peradectoidea gen. nov., Bergqvistherium), Bobbschaefferiidae fam. nov. (Bobbschaefferia), Mirandatheriidae rank nov. (Pucadelphyoidea gen. nov. e Mirandatherium), Caroloameghiniidae (Procaroloameghinia), Jaskhadelphyoidea superfam. nov.-Gaylordiidae fam. nov. (Gaylordia), Jaskhadelphyoidea superfam. nov.-Jaskhadelphyidae (Minusculodelphis Marmosopsis), Sternbergiidae-Sternbergiinae (Carolopaulacoutoia), Sternbergiidae-Didelphopsiinae subfam. nov. (Didelphopsis Itaboraidelphys), Herpetotheriidae (Armintodelphys), Derorhynchidae (DiogenesiaDerorhynchus) e Derorhynchidae-Cooniinae subfam. nov. (Derorhynchidae gen. nov.). Dentre esses táxons, Gaylordia macrocynodonta foi reconhecido como potencialmente dimórfico. Epidolops ameghinoi Marmosopsis juradoi compreenderam, pelo menos, 33% da fauna de metatérios de Itaboraí. Em relação a diversidade total de metatérios eocênicos inferiores sul-americanos reconhecidos atualmente, as faunas de Itaboraí e Las Flores, Argentina, e Itaboraí e faunas do Riochiquense SALMA (Eoceno Inicial-médio) argentinas apresentaram similaridades faunísticas de 65% e 45%, respectivamente, suportando uma forte similaridade faunística entre elas. Dentre as diferenças faunísticas, a provável presença de Armintodelphys na fauna de Itaboraí suportaria a hipótese da Atlantogea, visto que a espécie brasileira é morfologicamente mais similar a espécie europeia do que com as duas espécies norte-americanas. A reavaliação dos oito morfotipos de petrosos recuperados em Itaboraí permitiu prováveis associações, baseadas em tamanho estimado e afinidades filogenéticas, com alguns táxons dessa fauna, no que se sugere a identificação dos petrosos de MinusculodelphisArmintodelphysMarmosopsisCarolopaulacoutoiaGaylordia, Derorhynchidae, Pucadelphyidae gen. nov. e Epidolops.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCISCO JAVIER GOIN
Externo à Instituição - PIERRE-OLIVIER ANTOINE
Presidente - 2653353 - EDISON VICENTE OLIVEIRA
Externo à Instituição - KLEBERSON DE OLIVEIRA PORPINO - UERN
Externo à Instituição - LEONARDO RODRIGO KERBER TUMELEIRO - UFSM
Externa à Instituição - LILIAN PAGLARELLI BERGQVIST - UFRJ
Notícia cadastrada em: 05/10/2023 15:29
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