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Banca de QUALIFICAÇÃO: JUAN DAVID VALLEJO RAMÍREZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JUAN DAVID VALLEJO RAMÍREZ
DATA : 26/09/2023
LOCAL: ambiente virtual (remotamente)
TÍTULO:

ESTUDO PALINOLÓGICO DA FASE PÓS-RIFTE DAS BACIAS DO ARARIPE E JATOBÁ, NORDESTE DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

 MOS; MOA; Palinologia; Biozona; Paleoambiente


PÁGINAS: 98
RESUMO:

A palinologia desempenha um papel fundamental na compreensão do paleoambiente deposicional e na definição cronoestratigráfica das bacias Araripe e Jatobá. Neste estudo se identificaram 167 táxons, com espécies-guia que permitiram uma refinada definição temporal através da identificação das Biozonas P-270 e P-280. A análise detalhada da matéria orgânica sedimentar (MOS) do Andar Local Alagoas revelou mudanças verticais e diversos paleoambientes deposicionais durante a fase pós-rifte na Bacia do Araripe. Os resultados indicam que a deposição do Grupo Santana ocorreu durante a transição de um ambiente fluvial-lacustre para um ambiente marinho. Cinco intervalos refletem as mudanças paleoambientais durante o Neoaptiano. O primeiro intervalo (P1), associado à palinozona (P-270), é determinado pela presença de Sergipea variverrucata. Neste intervalo, observa-se primeiramente uma baixa concentração de matéria orgânica amorfa (MOA) e uma abundância de partículas continentais, principalmente fitoclastos opacos. Esses aspectos indicam um sistema fluvial alimentado por um delta de baía (bayhead delta). No intervalo P2, localizado na Formação Crato, exibe uma associação de fácies de ritmitos calcário-argilito e intercalações de folhelhos. Identificou-se a palinozona (P-280) determinada pela presença de Complicatisaccus cearensis, apresentando uma assembleia de esporomorfos semelhante à encontrada na Formação Barbalha. Nesse intervalo, registra-se um sistema lagunar conectado a planícies de maré, lagos costeiros e lagoas em uma baía aberta. Essa configuração provavelmente ocorreu devido a um aumento relativo do nível do mar, caracterizado pela abundância de MOA e fitoclastos, além da presença do revestimento foraminiferal encontrado na Serra do Mãozinha. O intervalo P3, localizado no topo da Formação Crato e na base da Formação Ipubi, corresponde a uma associação de fácies siliciclásticas intercaladas com fácies calcárias. Neste intervalo, uma mistura de partículas continentais, fitoclastos não opacos e esporomorfos é dominante, inferindo uma transição da baía aberta para condições mais proximais, refletindo um paleoambiente mais raso. O intervalo P4, situado sobre a Formação Ipubi é caracterizado por uma sequência de evaporitos intercalados com rochas siliciclásticas, apresenta uma alta abundância de MOA e pseudoamorfa, além de uma baixa entrada de partículas continentais. Essa associação é típica de um mar epicontinental do tipo seaway, indicando um ambiente de baixa energia em condições redutoras, com sedimentos transportados para longe da terra, sugerindo um paleoambiente costeiro/marinho. A dominância do Classopollis indica condições climáticas mais secas, evidenciadas pela evaporação. O último intervalo (P5), localizado no topo da Formação Ipubi e na Formação Romualdo, é caracterizado por uma sequência de evaporitos intercalados com rochas siliciclásticas e calcários. Este intervalo é dominado por MOA e fitoclastos opacos, além disso, é registrada a presença do cisto dinoflagelado do gênero Subtilisphaera, associado a ambientes marinhos de baixa salinidade.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ALESSANDRA DA SILVA DOS SANTOS - Unisinos
Interno - 3089741 - CLAUS FALLGATTER
Presidente - 2182604 - ENELISE KATIA PIOVESAN
Externo à Instituição - MITSURU ARAI - UNESP
Externo à Instituição - RODOLFO DINO - UERJ
Notícia cadastrada em: 25/09/2023 14:40
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