Banca de DEFESA: AMANDA RODRIGUES SANTOS COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA RODRIGUES SANTOS COSTA
DATA : 27/04/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Pós-Graduação Engenharia Civil
TÍTULO:

Análise da Sustentabilidade do Ciclo de Vida de Sistemas de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Domiciliares: Estudo de Caso Em Paulista/PE, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Gerenciamento de resíduos sólidos; Sustentabilidade; Avaliação de Ciclo de Vida; Custo de Ciclo de Vida


PÁGINAS: 216
RESUMO:

A manejo de resíduos sólidos urbanos constitui um desafio para a gestão municipal pela complexidade e custos relacionados. A Política Nacional de Resíduos Sólidos trouxe como princípio a gestão integrada, com uma abordagem clara e sistêmica, considerando o ciclo de vida. A Análise de Sustentabilidade do Ciclo de Vida inclui, além da análise ambiental, o Custo do Ciclo de Vida e Avaliação do Ciclo de Vida Social. Dessa forma, esse estudo visa utilizar essa metodologia para analisar o desempenho econômico, social e ambiental de sistemas de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos como suporte para estruturação de diretrizes e políticas públicas. Para tanto, foi desenvolvido um estudo de caso no município de Paulista, Pernambuco, Brasil. A aplicação da metodologia da Análise de Sustentabilidade do Ciclo de Vida seguiu as orientações da Norma ABNT NBR ISO 14.040. A análise do sistema de gerenciamento de resíduos sólidos domiciliares do município permitiu identificar os impactos ambientais, observando-se que a etapa de coleta comum e aterramento dos resíduos em aterro sem aproveitamento energético são os processos que mais contribuem para as categorias de impacto analisadas. O custo de ciclo de vida do sistema demonstra que não há sustentabilidade financeira, pois existe um comprometimento relevante do orçamento municipal e não há autossuficiência financeira, devido à baixa arrecadação com as taxas de cobrança pelos serviços. A Avaliação de Ciclo de Vida Social possibilitou verificar que o sistema atual do município atende parcialmente aos princípios da legislação, sendo necessários melhorias no mecanismo de comunicação com a população e o compromisso do poder público com ações de sustentabilidade. Diante da análise do sistema atual do município, foram propostos cenários de gerenciamento de resíduos a partir de diferentes percentuais de recuperação da fração seca (com coleta seletiva, triagem e reciclagem) e da fração úmida (por meio da compostagem) e a disposição final em aterro sanitário com aproveitamento energético. Observou-se que as maiores taxas de recuperação de materiais resultaram em melhoria de todas as categorias de impacto, com exceção da acidificação terrestre, a qual, devido a compostagem, apresentou-se com valores elevados. A reciclagem foi a principal atividade responsável pela compensação dos impactos ambientais negativos em todos os cenários. O cenário em que há a meta de recuperação de 20% da fração seca e 30% dos resíduos orgânicos é o cenário com menor custo líquido, apresentando uma redução de quase 34% dos custos. O cenário com maiores taxas de recuperação dos resíduos não apresentou o melhor custo líquido, pois a compostagem representa elevado valor de operação e manutenção e maiores volumes enviados para essa unidade representa maiores custos, mesmo com geração de subproduto passível de comercialização. No entanto, em nenhum cenário há sustentabilidade financeira, evidenciando o ajuste de taxa de cobrança. Quanto aos aspectos sociais, a inserção dos catadores de materiais recicláveis, maiores investimentos em ações de recuperação dos materiais com envolvimento da população, bem como demandando maior participação do poder público, representam uma melhoria dos aspectos sociais. De forma geral, não é indicada a agregação dos métodos em um índice único, mas é possível inferir que cenários com maiores taxas de recuperação dos resíduos possuem maior tendência a serem mais sustentáveis, devendo ser observado, no entanto, o limite em que a compostagem é eficiente na redução de impactos e minimização de custos.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BERTRAND SAMPAIO DE ALENCAR
Externa à Instituição - CLAUDIA COUTINHO NOBREGA - UFPB
Externo à Instituição - GERALDO ANTONIO REICHERT
Externa à Instituição - LUCIANA DE FIGUEIRÊDO LOPES LUCENA - UFRN
Presidente - 3199298 - MAURICIO ALVES DA MOTTA SOBRINHO
Notícia cadastrada em: 10/04/2023 12:03
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