Banca de QUALIFICAÇÃO: ALEXANDRE CARLOS ARAÚJO DE SANTANA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALEXANDRE CARLOS ARAÚJO DE SANTANA
DATA : 14/12/2022
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
TÍTULO:

Planejamento de Recursos Hídricos: Uma Abordagem Espacialmente Ddistribuída


PALAVRAS-CHAVES:

Planejamento de recursos hídricos, semiárido, setores censitários, disponibilidade hídrica.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

As políticas de planejamentos de recursos hídricos no semiárido, realizadas apenas a nível geográfico das bacias hidrográficas, tem sua eficiência limitada quando analisadas sob a ótica das comunidades difusas. O planejamento de recursos hídricos, baseado no menor recorte demográfico (setor censitário), pode contribuir para diagnósticos mais precisos e soluções mais efetivas. Neste contexto, este trabalho objetiva-se contribuir para a tomada de decisão de políticas púbicas, auxiliando a implantação de tecnologias hídricas em comunidades difusas no Semiárido brasileiro, com intuito de mitigar os efeitos da vulnerabilidade hídrica. O semiárido nordestino é uma região de reconhecida escassez hídrica, diante desta realidade, tecnologias para atender o suprimento de água para a população sempre foram alvos de investimentos públicos com a finalidade de agregar qualidade de vida às famílias. Desta forma, como área de estudo, utilizou-se os 3.168 setores censitários a zona rural do semiárido pernambucano, abrangendo as mesorregiões do Sertão, Sertão do São Francisco a Agreste. A análise a partir das tecnologias de armazenamento hídrico, dos fatores de potencial hídrico, estudo climatológico, análise de tendências das mudanças climáticas e taxa de atendimento hídrico, irá auxiliar a determinar a disponibilidade per capita e o grau da situação de insegurança hídrica local, permitindo em última análise classificar os setores censitários e desta forma, auxiliar nas estratégias para implantação das ações hídricas de convivência com o semiárido. Como resultados parciais, concluiu-se que o volume potencial que pode ser acumulado através das áreas de captação, é altamente significativo, uma vez que representa um total de 1,551 bilhões de m³/ano, isso é 1,4 vezes maior que o volume somado das áreas de armazenamento. Em relação as mudanças climáticas, os índices relacionados à temperatura, mostram tendência de aquecimento, já no caso das chuvas, a tendência indica que a depender do local, tende a um aumento ou redução na duração, intensidade e frequência, ampliando as distorções entre regiões dentro do semiárido. O volume das barragens representa 90% do total do volume potencial disponível nos setores censitários. Ao analisar o parâmetro estabelecido pelas Nações Unidas de 110 litros/ pessoa/ dia, constata-se que excluindo-se os volumes capitados pelas barragens, ao menos em 54% dos setores censitários o volume potencial seria menor que o recomendável, isso representa um quantitativo de pouco mais de 780 mil pessoas vivendo numa região de clima semiárido, com recursos hídricos extremamente limitados. Os resultado apontam para ferramentas que poderão auxiliar na implantação de tecnologias hídricas em comunidades difusas, não apenas no Estado de Pernambuco, bem como em todo semiárido, pois são replicáveis, uma vez que a metodologia baseia-se em informações coletadas em banco de dados públicos e softwares abertos e são analisados a partir dos setores censitários, uma unidade de estudo padronizada e estabelecida pelo Estado brasileiro.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2193972 - LEIDJANE MARIA MACIEL DE OLIVEIRA
Externa à Instituição - SIMONE ROSA DA SILVA - UPE
Presidente - 1528736 - SYLVANA MELO DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 24/11/2022 21:54
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