Banca de DEFESA: LYSANNE SOUZA DE MOURA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LYSANNE SOUZA DE MOURA
DATA : 30/08/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Pos Graduação Engenharia Civil
TÍTULO:

Modelagem Computacional Aplicada à Revitalização de Rios Urbanos: Estudo de Caso em Uma Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Tejipió-Recife/PE


PALAVRAS-CHAVES:

Revitalização de Rios Urbanos. Inundações Urbanas. GBI. HEC-HMS. HEC-RAS 2D. Modelos computacionais.  


PÁGINAS: 130
RESUMO:

As ocupações urbanas desordenadas modificam os padrões das cheias, aumentando as intensidades e periocidades de ocorrências. Dessa maneira, as inundações destam-se por ocasionarem muitos danos e perdas econômicas. A bacia do rio Tejipió tem sofrido periodicamente (pelo menos cinco vezes ao ano) com eventos de inundação em períodos de chuvas intensas. Nas regiões de Coqueiral e Sapo Nú, entre o médio e alto Tejipió, eventos como os do dia 28 de maio de 2022 (~200mm em 24h) desabrigaram cerca de 2 mil famílias. A revitalização dos rios urbanos surge como um conceito à melhoria de suas condições ambientais e funções hidrológicas e hidráulicas, compreendendo o rio como elemento estruturador da revitalização urbana. Ações de revitalização na bacia hidrográfica apresentam respostas positivas, como a implementação de áreas permeáveis baseadas em concepções de infraestrutura verde e azul. Essa pesquisa objetivou avaliar as respostas hidrológicas e hidrodinâmicas provenientes da modelagem computacional de cenários de revitalização em um trecho da bacia hidrográfica do Rio Tejipió-Recife/PE. Foram criados quatro cenários de análise: C0- Situação Atual, C1- Pré-urbanização, C2 – Desenvolvimento sustentável (aumento de 15% de áreas permeáveis distribuídas na bacia) e C3 – Valorização de áreas verdes (áreas permeáveis na APP). Cada cenário foi submetido a quatro eventos, dois teóricos (tempo de retorno 10 e 25 anos) e dois reais (abril e maio de 2021). O cenário de revitalização com melhor resposta hidrológica foi o C2, em relação ao C0, com um aumento de 8% no Tc, redução de 4% das áreas impermeáveis e reduções nas vazões de pico em 4.5% (TR10), 4,6% (TR25), 6,0% (abril/2021) e 2,9% (maio/2021). Foi aplicado o modelo hidrodinâmico 2D aos cenários C0 e C2 nas áreas correspondentes às comunidades mais afetadas da região. Em Coqueiral as melhoras hidrológicas mitigaram as inundações, com uma redução de 4% nas áreas atingidas e 2% na profundidade máxima (em abril), aumentando nas áreas de com menores profundidades e, consequentemente, reduzindo as áreas mais profundas. Na calibração em Coqueiral o NSE foi de 0,71 (bom) e na validação foi de 0,50 (satisfatório). Em Sapo Nú a resposta hidrodinâmica foi representativa, pois fatores como a sinuosidade do rio provocaram o aumento das profundidades de inundação, e o desconhecimento de marcas de cheia impediram a calibração e validação do modelo. Modelos hidrológicos e hidrodinâmicos são capazes de simular chuvas teóricas e reais de maneira a subsidiar estudos para obras hidráulicas e intervenções que requalifiquem e revitalizem o rios e bacias hidrográficas. Além disso, o papel do poder público e da população no processo de revitalização são fundamentais para o sucesso do processo. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADRIANO ROLIM DA PAZ - UFPB
Interno - 2130612 - JOSE ROBERTO GONCALVES DE AZEVEDO
Presidente - 2193972 - LEIDJANE MARIA MACIEL DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 12/08/2022 08:54
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