aterros sanitários; compactação; permeabilidade; base; cobertura.

O surgimento de requisitos quanto à disposição de resíduos em aterros sanitários promoveu diversos estudos no campo de camadas de base e camadas de cobertura. Destaca-se ainda que as camadas de base funcionam como barreiras impermeabilizantes de líquidos que são solos compactados não saturados. Por outro lado, as coberturas devem funcionar como barreiras de controle de líquidos e gases, sendo executadas com solos compactados que trabalham na forma não saturada. Desse modo, o estudo de técnicas de compactação dessas camadas mostra-se relevante para aplicação na área da Geotecnia Ambiental, sobretudo em aterros sanitários. Neste estudo, foram analisados diferentes níveis de compactação em campo e laboratório (0,5Ec; 0,6Ec; Ec, 1,7Ec e 4,6Ec), em que Ec representa a energia de compactação do ensaio Proctor Normal (585 kJ/m³), e plotadas curvas unificadas de compactação, conforme estudos de Corttellazzo et al. (2020) e Tatsuoka et al. (2021), para solos de base e cobertura de aterros sanitários. Além disso, foram obtidos coeficientes de permeabilidade variando o grau de saturação e a sucção matricial, bem como a estrutura associada (ramo seco, umidade ótima e ramo úmido). Verificou-se que os resultados para os materiais de base e cobertura foram menores ou iguais às ordens de 10-7 m/s e 10-8 m/s, além de ser constatada a forte influência da estrutura formada na compactação e das faixas de grau de saturação associadas. Com isso, foram determinadas formulações para correlação entre as permeabilidades em laboratório e campo com finalidade de desenvolver uma solução prática para projeto e execução de bases e coberturas em depósitos de resíduos sólidos urbanos.