Banca de DEFESA: ADJANE DAMASCENO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADJANE DAMASCENO DE OLIVEIRA
DATA : 14/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Pós-Graduação Engenharia Civil
TÍTULO:

Waste-to-Energy: Combustíveis Derivados de Resíduos Sólidos – Viabilidade e Potencialidades


PALAVRAS-CHAVES:

Resíduos sólidos urbanos; combustíveis derivados de resíduos; energia dos resíduos, aproveitamento energético; reciclagem energética; desenvolvimento sustentável


PÁGINAS: 238
RESUMO:

O aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos (RSU) como fonte de energia e calor é uma realidade em muitos países. Discussões em torno da mitigação das emissões de gases de efeito estufa e a adesão de compromissos rumo a neutralidade de carbono fóssil ressaltam a necessidade de fontes alternativas no setor energético. Por outro lado, no setor de resíduos sólidos há o desafio de implantação e manutenção da gestão eficiente reduzindo o montante encaminhado para disposição final. Assim, estabelece-se um ponto de convergência entre os dois setores para sanear questões de relevante impacto ambiental, econômico e social. As tecnologias de aproveitamento de resíduos (waste- to-energy) vem se consolidando no cenário global, no entanto, a heterogeneidade é um dos pontos de fragilidade. Neste sentido, faz-se necessário a obtenção de um material com características mais homogêneas e produzido com controle de qualidade: os combustíveis derivados de resíduos (CDR). Desta forma, esta pesquisa analisou a viabilidade de produção e uso dos CDR. Para isso, foram avaliados aspectos legais e normativos, o cenário nacional de produção e consumo. Projetou-se o potencial de produção de CDR na Região Metropolitana de Recife (RMR), a partir de cenários baseados nas metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) e o potencial do uso em cimenteiras, a partir das metas do Roadmap da Indústria Cimenteira no Brasil. Faz-se também importante conhecer as características do CDR produzido no país e, com este propósito, realizou-se a caracterização física, química e térmica do CDR. Além disso, foram avaliados os impactos da produção e uso do CDR no alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). No que tange aos aspectos legais e normativos, ainda há necessidade uma estrutura mais robusta para que as partes envolvidas no desenvolvimento do setor possam atuar com mais segurança. Constatou-se que no Brasil existe um parque industrial cimenteiro que demanda produção de combustíveis alternativos, e há ainda outras tecnologias capazes de se adaptarem para o uso deste combustível. Em termos de produção, as projeções apontam que para 2040 ter-se-á uma média de recuperação de até 45,1% de RSU na forma de CDR em comparação com a quantidade de RSU coletado. Em termos de uso de CDR em substituição ao coque de petróleo, nota-se que há viabilidade econômica e ambiental devido à economia de US$ 98,6 milhões e 595 mil toneladas anuais de emissões de CO2e evitadas pela substituição de 17% do combustível fóssil por CDR. Em termos de caracterização, as frações de materiais têxteis, papel/papelão e plásticos representam a maior porcentagem da composição das 10 amostras de CDR analisadas, sendo que as duas primeiras frações são os principais componentes que contribuem para seu teor de biomassa, que varia de 39% a 57%. O teor de umidade varia entre 18,5% e 36,2%, material volátil entre 65,4% e 79,5% e as cinzas entre 14,5% e 29%. Na composição elementar, destacam-se os teores de carbono (43,2% a 52,7%), de oxigênio (27,7 a 32,7%) e de cloro (0,2 a 0,8%). O poder calorífico inferior varia de 16,9 MJ.kg-1 a 22 MJ.kg-1 e os teores de mercúrio variam de 0,02 mg.kg-1 a 0,29 mg.kg-1. Os metais em maior percentagem nas amostras foram Cr, Zi, Ni e Cu. As análises térmicas em atmosfera oxidante e inerte indicaram 4 picos de perda de massa, com finalização do processo em 500oC e 700oC. Identificou-se que a produção e uso do CDR possui correlação com os ODS 3, 6, 7, 8, 9, 11, 12, 13, 14 e 15. Os resultados permitem visualizar que o CDR possui viabilidade de produção e potencial de uso no Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDUARDO CÉSAR DE MIRANDA LOUREIRO - UPE
Externa à Instituição - LISETE CELINA LANGE - UFMG
Externa ao Programa - 1132503 - MARIA DE LOS ANGELES PEREZ FERNANDEZ - nullPresidente - 3199298 - MAURICIO ALVES DA MOTTA SOBRINHO
Externo à Instituição - RONALDO STEFANUTTI - UFC
Notícia cadastrada em: 29/11/2023 23:09
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