Análise da repotenciação de parques eólicos: estudos de casos no Brasil.
Repotenciação. Efeito de esteira de parques eólicos. Fim de vida de parques eólicos.
Os aerogeradores comerciais instalados em parques eólicos de grande escala possuem uma vida útil de em média 20 anos. No Brasil, até 2030, mais de 50 parques alcançarão a faixa dos 20 anos de operação, representando mais de 600 aerogeradores totalizando uma potência 940 MW. Ao final da vida dos aerogeradores a engenharia atualmente oferece três alternativas: descomissionamento, extensão de vida útil e a repotenciação. A repotenciação é a alternativa que consiste na troca dos aerogeradores por outros de tecnologia mais avançada. Este trabalho tem como objetivo a análise técnica, econômica, considerando, adicionalmente, a sua interferência em parques eólicos vizinhos. O estudo investigou quatro parques em diferentes localidades, sendo três na região Nordeste e um na Sudeste, utilizando três aerogerador diferentes para a repotenciação. Os resultados obtidos na análise técnica foram através do software WAsP. Os resultados obtidos mostraram que a repotenciação é tecnicamente viável, visto que em todos os cenários analisados houve um aumentou da produção anual de energia e o fator de capacidade em todos os cenários, além de reduzir em alguns cenários a perdas pelo efeito esteira. A repotenciação também se mostrou viável economicamente visto que em todas as configurações mantendo a tarifa, apresentou a TIR(Taxa Interna de Retorno) superior ao empreendimento já instalado. O payback também se mostrou atrativo visto que em alguns casos o tempo de retorno é de menos de 4 anos. A distância do parque a ser repotencializado do parque eólico vizinho, pode ser uma barreira, devido a maioria dos casos, a troca do aerogerador por outro de maior potência e de maior altura do cubo, implicou no aumento da esteira ao parque eólico vizinho.