Ocupar as ruínas e reencantar o pensamento: regeneração multiespécie da paisagem Xucuru
Design Antropologia, Antropoceno, Povo Xukuru, Paisagem Multiespécie, Multinaturalismo.
As manifestações da vida, os coletivos humanos e não-humanos que configuram o processo de regeneração da paisagem Xukuru, bem como as antropologias que a engendram, são os sujeitos deste estudo. Que se propõe a rever os dualismos estruturantes da modernidade, bem como os pressupostos fundantes do modo de habitar do “povo da mercadoria”, e desfazer a oposição entre sociedade e natureza, que tem sido bastante convencional nas humanidades e ciências modernas. Dentre elas o design, enquanto método hegemônico de produção de artefatos. Para isso, parto das possibilidades metodológicas da observação participante, do fenômeno da convivência multiespécie em ambientes de perturbação humana e da cosmopolítica dos povos afroindígenas. Este estudo se debruça sobre os limites e as possibilidades que a abordagem de convivência multiespécies adotada pelo povo Xukuru de Ororubá no processo de regeneração da paisagem do seu território, reintegrado em 2005, traz para o pensamento do design no Antropoceno.