Design estratégico para planejamento museal em tempos de pandemia: O caso Museu da Abolição
Design Thinking; Museologia; Ciberespaço; Exposição; Museu da Abolição.
O objetivo desta dissertação é experimentar o design thinking como método colaborativo para a os projetos de museus e métodos de design voltados para equipes de curadoria. Trata-se de uma ferramenta já aplicada em projetos de consultoria que envolvem a atuação do User Experience Designer (UX), que coloca o usuário do produto ou serviço em primeiro plano no processo de mapeamento de problemas. O tema surgiu do interesse pelas tecnologias expositivas, pela problemática da subsistência de museus durante a pandemia, e da necessidade da equipe técnica do Museu da Abolição (MAB), de gerenciar suas ações de maneira mais assertiva para com o seu público visitante. Para o início deste estudo foi feita a análise dos museus - primeiro via literatura com auxílio do portal Capes, com artigos relacionados à museologia, espaço museal, uso de tecnologias em espaço físico e usabilidade, e outra, sincrônica de museus da cidade do Recife, gerando uma tabela comparativa dos recursos que os mesmos dispunham no ambiente em rede — website, redes sociais, Youtube, Spotify, portal do governo ou mesmo repositórios de imagens, para se ter uma escala de envolvimento com tecnologias e estratégias de virtualização. Após análise da tabela e contatos institucionais, o MAB foi selecionado como objeto deste estudo, sendo executadas com a equipe técnica do museu as sessões de Design Thinking, via workshops cocriativos – reunindo assim ideias e insights para propor novas soluções de planejamento. A partir da compreensão do Design enquanto uma ferramenta estratégica capaz de transformar situações existentes em situações preferidas e da noção de que todos somos designers em nosso campo e contexto de atuação, a presente pesquisa defende que o Design é uma das áreas fundamentais ao contexto dos
museus, e que, o design thinking constitui uma alternativa possível aos museus que queiram adotar uma prática e gestão mais colaborativas, humanas e reflexivas.