PPGH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - CFCH DEPARTAMENTO DE HISTORIA - CFCH Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: JOSENILDO AMÉRICO PAULINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSENILDO AMÉRICO PAULINO
DATA : 02/06/2022
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

PELAS MARGENS DO ATLÂNTICO: a navegação de cabotagem e o abastecimento de gêneros de primeira necessidade no Recife (1825-1840)


PALAVRAS-CHAVES:

Abastecimento, Gêneros de primeira necessidade, Navegação de cabotagem e longo curso, Recife, Século XIX.


PÁGINAS: 234
RESUMO:

A presente dissertação tem como objetivo principal analisar o comércio de gêneros de primeira necessidade – farinha de mandioca e charque – através do comércio de cabotagem e longo curso para a cidade do Recife entre os anos de 1825-1840. A escolha por estes dois alimentos se deu em virtude de estarem presentes na mesa de parcela significativa dos habitantes oitocentistas, principalmente por sua alta capacidade de conservação. Já o comércio de cabotagem e longo curso teve um papel importante no período imperial: antes da febre ferroviária do último quartel do século XIX, o meio de locomoção mais eficaz era a navegação. Através dela, mercadorias dos mais variados tipos circulavam por todo o litoral do Império brasileiro. O início do recorte foi motivado por questões relacionadas a fonte, já que é neste ano que o jornal Diário de Pernambuco passa a circular na província. O ano de 1840, por sua vez, marca o fim de um período conturbado no comércio recifense após os desdobramentos da Guerra dos Cabanos. O ponto de partida para a análise foi a sessão de notícias marítimas do jornal Diário de Pernambuco. Informações como local de origem da embarcação, tempo de viagem, produto e consignatário eram informadas. Utilizando a abordagem quantitativa e serial, investiguei os principais fornecedores de gêneros de primeira necessidade para o Recife, as variações anuais e os comerciantes envolvidos nestas transações. Além da sessão de notícias marítimas, também foram consultadas a sessão de vendas, aluguel e arrendamentos e a sessão de preços dos gêneros de exportação, geralmente publicada aos sábados, com o objetivo de entender melhor os aspectos relacionados a comercialização destes dois produtos nos três bairros da cidade do Recife. Também foram utilizados relatórios do Presidente de Província, disponíveis no site da Universidade de Chicago, decretos e regulamentos, disponíveis de forma online, fontes iconográficas, como as pinturas de Franz Post no período de ocupação holandesa em Pernambuco e a planta da cidade do Recife e seus arrabaldes, produzida por José Mamede Alves Ferreira em 1855. Sites e acervos online, como o the transatlantic slave trade database também foram consultados. Um aspecto em comum em relação ao comércio de farinha e charque era a ligação do Recife com diversos portos situados dentro e fora do Império. No comércio de farinha, se destacam Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Bahia. No de charque, por sua vez, Rio Grande do Sul, Montevidéu e Rio de Janeiro foram os principais fornecedores. Enquanto no comércio de farinha as ligações estavam limitadas a províncias situadas dentro do Império brasileiro, o comércio de charque utilizava-se de rotas que extrapolavam este limite. Outro fator de destaque é o perfil dos comerciantes envolvidos: o comércio de ambos os produtos era dominado por comerciantes eventuais, que participavam apenas de uma ou duas consignações. Já no topo da pirâmide estavam os comerciantes de grosso trato da província de Pernambuco, responsáveis por concentrar em suas mãos parte significativa deste comércio. O argumento principal que guia o presente estudo é o de que, entre 1825-1840, o comércio de gêneros de primeira necessidade através da navegação de cabotagem e longo curso foi fundamental para manter uma boa oferta de farinha de mandioca e charque nos mercados da cidade do Recife.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 020.409.964-19 - BRUNO AUGUSTO DORNELAS CAMARA - UFPE
Presidente - 1130839 - CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
Interno - 927.548.300-06 - CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO - UFF
Externa à Instituição - SERIOJA RODRIGUES CORDEIRO MARIANO - UFPB
Notícia cadastrada em: 16/05/2022 16:33
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