Banca de DEFESA: BARBARA SALLA MARX

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BARBARA SALLA MARX
DATA : 31/08/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

A perspectiva da mídia sobre a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro: um estudo de caso do “Jornal O Globo”

PALAVRAS-CHAVES:

Forças Armadas, Governo Federal, Mídia, Rio de Janeiro, Lei e Ordem.

PÁGINAS: 104
RESUMO:

A presença das forças armadas no campo da segurança pública, em atividades de controle do crime e violência urbana, aparece nos últimos anos como recurso regularmente utilizado pelo poder público no Brasil, assim como em outros países, tais como a Colômbia e México, conferindo à essa instituição responsabilidades atípicas de sua precípua atividade. No caso da Intervenção Federal na segurança pública do Rio de Janeiro, comandada por um general, sua presença repercute não apenas nos resultados objetivos da intervenção, mas também atinge as próprias representações e opiniões compartilhadas entre a sociedade civil sobres o crime e os poderes políticos envolvidos no controle da violência. Principalmente, através do trabalho e das informações compartilhadas pela mídia jornalística, agente fundamental na construção e manutenção do imaginário coletivo. Os símbolos e linguagens produzidas nas relações e meios de comunicação tornam-se guias simbólicos para a ação dentro da cidade e são, portanto, instrumentos de interesse político, social e também acadêmico. Desse modo, a presente dissertação teve como objetivo analisar a percepção da grande mídia sobre a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, que ocorreu entre 16 de fevereiro e 31 de dezembro de 2018, destacando as representações construídas sobre a presença das Forças Armadas e sua atuação no comando da Intervenção. Para isso, foi utilizado o método de análise de conteúdo e as técnicas de análise exploradas por Semetko e Valkenburg, utilizando-se de uma abordagem mista entre uma análise de conteúdo dedutiva e indutiva. Essas ações pontuais e emergenciais instrumentalizadas pelo Estado ante o pavor e pânico social da violência e em resposta a um cenário de “descontrole”, mesmo sendo bastante criticadas pelo Jornal em função das suas “motivações”, mais tarde encontra na mesma mídia um aliado para a legitimação e efetivação – em âmbito social – do uso das forças armadas e da interferência do Estado em espaços de responsabilidade de outros poderes a partir de enquadramentos que corroboram para o sentimento de medo e insegurança e das mudanças narrativas dos textos jornalísticos.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1960900 - GUSTAVO GOMES DA COSTA SANTOS
Presidente - 2199279 - JOSE LUIZ DE AMORIM RATTON JUNIOR
Externa à Instituição - PATRICIA BANDEIRA DE MELO - FJN