AVALIAÇÃO DA REMINERALIZAÇÃO E ESTABILIDADE DE COR DO BIOSILICATO NO TRATAMENTO DE CÁRIE RADICULAR: UM ESTUDO COMPARATIVO
Biosilicato, Diamino Fluoreto de Prata, Tomografia de Coerência Óptica, Remineralização Dentária, Cárie radicular, Colorimetria.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do Biosilicato (BIOS) no tratamento da cárie radicular e na estabilidade de cor em comparação com o diamino fluoreto de prata (SDF – Silver Diamine Fluoride). No primeiro estudo (E1) a remineralização foi avaliada através da tomografia de coerência óptica (OCT). As amostras de dentina radicular foram distribuídas em dois grupos: BIOS (n = 10), e SDF (n = 10), e avaliadas em três momentos: antes (T0) e após a desmineralização (T1), e após a remineralização (T2). Testes complementares de microdureza, e microscopia de luz polarizada (PLM – Polarized Light Microscopy) foram realizados. No segundo estudo (E2), a estabilidade de cor foi avaliada em três momentos: inicial (T0), após a remineralização: 24h (T1) e 5 semanas (T2). As amostras de dentina radicular foram distribuídas em dois grupos: BIOS (n = 15), e SDF (n = 15). No E1, foi observado na OCT que ambos os grupos recuperaram os níveis iniciais de remineralização, mas o SDF obteve maiores níveis de remineralização em comparação ao BIOS (p < 0,05). Quanto aos testes complementares, não houve diferença entre os grupos em T2 para microdureza, e na PLM observou-se aspectos de remineralização nos dois grupos. No E2, houve uma leve alteração de cor para o BIOS durante o período do estudo, entretanto, em comparação com o SDF, a estabilidade de cor se apresentou muito superior (p < 0,05). Portanto, pode-se concluir a partir destes estudos que o potencial remineralizador e discreta alteração de cor tornam o BIOS um forte candidato para substituir o SDF no tratamento da cárie radicular.