DOR MÚSCULO-ESQUELÉTICA EM ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA
Estresse, Ansiedade, Estudantes, Dor, Sexo.
A percepção da dor contempla os aspectos sensoriais, emocionais, sociais e simbólicos, sendo, portanto, sua percepção multidimensional. Neste contexto, as condições dolorosas e/ou disfuncionais que envolve os músculos mastigatório, articulação temporomandibular e estruturas relacionadas merecem uma atenção a essa população que enfrenta uma transição de maturidade. Uma ampla discussão sobre a influência de fatores emocionais na etiologia da dor músculoesquelética, têm ganhado destaque no âmbito educacional, na qual estudantes sofrem pressão emocional, estresse, ansiedade e depressão que, por sua vez, influenciam diretamente na presença de dores. O estudo teve como objetivo determinar a prevalência de sintomas dolorosos no corpo como um todo entre estudantes de odontologia e verificar sua associação com o autorrelato de stress percebido e de feminilidade. Trata-se de um estudo transversal em duas Universidades Públicas de Odontologia em Recife, Pernambuco. A amostra compreendeu 509 estudantes de graduação entre 21 e 24 anos. Os dados coletados incluíram características sócio demográficas, quantidade de locais dolorosos (questionário McGill Pain), e a escala de estresse percebido simplificada (PSS-10). O teste Exato de Fisher Pearson e a regressão logística multinominal foram realizados para analisar diferenças em relação às características da dor, sexo e estresse percebido. A analise associativa entre estresse, sexo e dor, mostram que o sexo feminino relata um estresse mais elevado que o sexo masculino. Porém esse estresse quando separado por intensidade (leve, moderado ou severo), o estresse severo não interfere de maneira negativa na dor orofacial.