"AVALIAÇÃO DA QUALIDADE ÓSSEA E SUA RELAÇÃO COM TORQUE DE INSERÇÃO EM IMPLANTES DENTÁRIOS"
Implantes Dentários, Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico, Osso Esponjoso.
A previsibilidade em cirurgias de implantes é essencial para o sucesso no tratamento como um todo. Se faz necessário, cada vez mais, que os exames de imagem nos permitam avaliar minimamente a estrutura óssea a fim de aumentar a previsibilidade e bom prognóstico. O objetivo do presente estud foi determinar a relação entre o volume ósseo (BV), fração do volume ósseo (BV/VT), espessura das trabéculas (Tb, Th) e o espaço entre as trabéculas (Tb, Sp), com o torque de inserção e a estabilidade primária de implantes em maxila e mandíbula. Para isso, foram avaliadas 12 tomografias pré-operatórias e dados clínicos de torque de inserção de pacientes que estavam realizando tratamento de reabilitação com implantes. Para a aquisição das tomografias computadorizadas dos pacientes, foi utilizado o tomógrafo computadorizado de feixe cônico i-CAT Next Generation ® (Imaging Sciences International, Hatfield, Pennsylvania, USA) e os seguintes parâmetros de aquisição: 0,5 mm e quilovoltagem e miliamperagem fixas de 120 kVp e 5,5 mAo tomógrafo iCAT tamanho do voxel de 0,2mm, 120 kVp, 5mA, FOV de 8x8 cm e rotação de 360⁰ e 26 s de tempo de aquisição. Desconhecendo os dados clínicos, um examinador calibrado utilizou o software ImageJ/Fiji (National Institutes of Health, Bethesda, MD, EUA) para avaliação das tomografias no formato DICOM.Todas as imagens foram convertidas em oito bits e depois binarizadas usando o método de binarização automática "Momentos" (Pauwels et al, 2015). Um volume cúbico de interesse (VOI) (16 mm de altura, 16 mm de comprimento e 16 mm de profundidade) foi determinado através do osso medular, base e centro da região de interesse para colocação do implante. O plug-in BoneJ foi usado para avaliar o volume ósseo (BV), volume total (TV), fração de volume ósseo (BV/TV), espessura trabecular (Tb.Th) e espaçamento trabecular (Tb.Sp). A média e padrão valores de desvio da escala de cinza dentro de cada VOI foram adquiridos por análise de histograma. Os resultados mostraram que houve correlação entre as variáveis Tb.Th, Tb.Sp, BV e BV/TV. Conclui-se que a tomografia computadorizada de feixe cônico é um método confiável de análise da qualidade óssea e extensamente estudado e comprovado. Os parâmetros morfométricos Tb.Th, Tb.Sp, BV E BV/TV não possuíram correlação com a estabilidade primária quando avaliados através do torque inicial (p>0,05), indicando que apenas o valor do torque não é o suficiente para predizer a qualidade óssea na região do implante.