ACURÁCIA DIAGNÓSTICA DA FLUORESCÊNCIA ÓPTICA NO DIAGNÓSTICO DA MUCOSITE ORAL QUIMIOINDUZIDA
Mucosite; Autofluorescência; Acurácia; Crianças e Adolescentes.
A prevalência do câncer na população infantojuvenil representa, aproximadamente, 1% das doenças malignas nesse grupo. Embora seja uma doença rara, o câncer ainda é a principal causa de morte por doença em crianças até 14 anos de idade, com neoplasias hematológicas como as mais comuns, responsáveis por 40% dos casos. A quimioterapia é o tratamento mais utilizado, apesar de seus efeitos colaterais, como a mucosite oral (MO), uma inflamação que afeta a mucosa oral, sendo prevalente em 52 a 80% dos jovens pacientes. Atualmente, o diagnóstico se baseia em critérios visuais, clínicos e nutricionais, mas faltam técnicas mais diretas e objetivas. A fluorescência óptica (FO) surge como uma ferramenta promissora devido à sua alta sensibilidade e rapidez na aquisição de dados. Já é usada no diagnóstico de lesões malignas orais, mas ainda não foi estudada em alterações inflamatórias como a MO. O projeto foi submetido ao comitê de ética e foi aprovado. O estudo será realizado em um centro de oncologia pediátrica de referência em Pernambuco, com pacientes de 3 a 18 anos em tratamento quimioterápico com metotrexato. Os procedimentos incluem avaliação da saúde bucal, capacidade funcional, índices hematológicos e avaliação da MO. A FO será realizada diariamente e comparada com a escala da OMS, visando identificar alterações precoces. Os dados serão analisados estatisticamente para avaliar a acurácia diagnóstica da FO.