O câncer de cabeça e pescoço é um dos mais comuns do mundo e uma das modalidades de tratamento para essa neoplasia é a radioterapia. A radioterapia apresenta alguns efeitos colaterais, como a mucosite oral. A mucosite oral é uma lesão eritematosa, ulcerativa e dolorosa, que limita a qualidade de vida dos pacientes. Uma alternativa de prevenção e tratamento, é o própolis. O objetivo deste trabalho é determinar se o própolis é eficaz na prevenção e no tratamento da mucosite oral induzida por radioterapia. Um ensaio clínico randomizado será conduzido com dois grupos: spray de própolis e spray de lidocaína, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Os pacientes serão acompanhados do primeiro dia até a segunda semana após o fim do tratamento radioterápico. Os dados serão coletados através de uma ficha de avaliação sociodemográfica e clínica. A escala RTOG será empregada para avaliação dos graus de mucosite oral e a escala EVA para avaliação de dor. Os testes Qui-Quadrado, Exato de Fisher e de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, serão utilizados para verificar a existência de associação entre as variáveis categóricas e quantitativas, respectivamente. Para comparação de dois grupos serão utilizados Teste t-Student (distribuição normal) e Mann-Whitney (distribuição não normal) e para correlação não paramétrica será utilizado o Coeficiente de Correlação de Spearman ́s. Todos os testes considerarão um intervalo de 95% de confiança. Espera-se que o spray de própolis seja uma alternativa terapêutica de fácil uso, segura e eficaz para a prevenção e tratamento de mucosite oral.