Banca de DEFESA: LUAM LIMA DINIZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUAM LIMA DINIZ
DATA : 16/12/2022
HORA: 13:00
LOCAL: Departamento de Fisioterapia
TÍTULO:

Biomarcadores eletrofisiológicos de pessoas com fibromialgia e sua relação com as dimensões sensitivo-discriminativa e afetivo-motivacional da dor

 


PALAVRAS-CHAVES:

Fibromialgia. Dor crônica. Eletroencefalograma



PÁGINAS: 90
RESUMO:

Estudos com eletroencefalograma quantitativo (EEGq) em pessoas com Fibromialgia (FM) apontam para padrões distintos de atividade elétrica cerebral, e que tais padrões podem estar relacionados com sintomas clínicos da síndrome. Quanto à presença de dor crônica generalizada, destacamos duas dimensões principais: a dimensão sensitivo-discriminativa (intensidade) e a dimensão afetivo-motivacional (desagrado) relacionada ao aspecto motivacional da dor. Nesse sentido, já está descrito na literatura uma possível especialização de áreas cerebrais distintas para o processamento de tais dimensões da dor. A identificação de biomarcadores eletrofisiológicos e a avaliação de possíveis associações com as dimensões da dor parece ser um caminho promissor na busca de uma melhor compreensão da síndrome, bem como para um direcionamento terapêutico mais individualizado da população. O objetivo do estudo descrito na presente dissertação foi investigar se padrões anormais de atividade elétrica cerebral em áreas corticais frontais e centrais de pessoas com FM estão relacionados de forma diferente às dimensões sensitivo-discriminativa e afetivo-motivacional da dor e com transtornos de humor como depressão e ansiedade. Para isso, um estudo piloto com delineamento transversal e exploratório foi realizado. A amostra foi composta por 11 mulheres com FM selecionadas de acordo com os critérios do colégio americano de reumatologia (ACR) e 10 voluntários saudáveis pareados por gênero e idade. Os participantes foram submetidos a avaliação clínica através dos questionários McGill de Dor (QMD), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD), e o EEGq nas regiões frontais (F3, F4, Fz, F7, F8) e centrais (C3, C4, Cz). Durante a aquisição dos sinais, os participantes permaneceram em repouso, relaxados e de olhos fechados. Em seguida, foi avaliado o poder espectral relativo das bandas de frequência: delta, teta, alfa e beta. Na comparação com o grupo controle, os resultados mostraram que as pacientes com FM apresentam diminuição de poder espectral relativo em Delta (U=19519; p<0,001), Teta (U=20548.5; p<0,01) e Beta2 (U=19532.4; p<0.01) em área central; aumento de poder espectral relativo em Beta3 (U=21.687.3; p<0.001) e diminuição em Delta (U=19382; p<0,001) em área frontal. Na análise de correlação, encontrou-se uma relação significativa entre o componente afetivo do QMD e o poder espectral relativo da banda delta em ambas as áreas cerebrais analisadas, frontal e central respectivamente (r= -0,66; p=0,03) (r= -0,64; p=0,04), além de uma relação significativa entre o referido componente e o poder espectral relativo da banda alfa em ambas as áreas analisadas, frontal e central respectivamente (r= 0,64; p=0,03) (r= 0,64 p=0,03). Houve correlação negativa entre a banda de frequência delta na área central e o escore de ansiedade da HAD (R= -0.65 p= 0.03). Com isso, concluímos que a dimensão afetivo-motivacional da dor e o transtorno do humor ansiedade podem estar relacionados com padrões anormais de atividade elétrica cerebral em pessoas com FM, e dessa forma auxiliar no estabelecimento de biomarcadores eletrofisiológicos, contudo é preciso considerar a variabilidade clínica presente na FM.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1807129 - GISELA ROCHA DE SIQUEIRA
Externa à Instituição - ADRIANA BALTAR DO REGO MACIEL
Externa à Instituição - LIVIA SHIRAHIGE GOMES DO NASCIMENTO
Notícia cadastrada em: 15/12/2022 17:40
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