DINÂMICA EVOLUTIVA DOS SÍTIOS DE DNA SATÉLITE EM ESPÉCIES DE Alstroemeria L. e Bomarea Mirb. (ALSTROEMERIACEAE)
Alstroemeriaceae, evolução cromossômica, sequenciamento de nova geração, DNA repetitivo, Retrotransposons, DNAr 5S e 35S
Os genomas das plantas apresentam uma grande variabilidade, tanto no que diz respeito ao tamanho quanto em relação à composição de suas sequências, principalmente em relação ao DNA repetitivo. Mais recentemente, a tecnologia de sequenciamento de baixa cobertura tem permitido analisar a fração repetitiva de DNA, caracterizando as espécies quanto aos elementos de transposição e os satélites que compõem os seus genomas e permitindo entender os fatores que contribuem para as variações encontradas entre espécies relacionadas. No presente estudo, tivemos como foco os grandes genomas e cariótipos assimétricos da família Alstroemeriaceae. Primeiramente, analisamos a dinâmica de sítios de DNA ribossomal (DNAr) na espécie Alstroemeria longistaminea, observando um alto polimorfismo entre populações distintas dessa mesma espécie. Depois, procuramos entender a influência dos elementos repetitivos nos grandes genomas dessa família, a partir da comparação da fração repetitiva entre duas espécies de gêneros irmãos. Tanto em Bomarea quanto em Alstroemeria, os retrotransposons LTR foram os principais elementos desses genomas. Também foram comparadas sequências genômicas de seis espécies chilenas e duas brasileiras do gênero Alstroemeria, onde observamos conservação da fração repetitiva, com variação principalmente em relação à abundância dos mesmos DNAs satélites, apesar do tempo de divergência entre esses dois grupos. Por fim, uma nova espécie, Alstroemeria urubiciensis, foi descrita para a região sul brasileira, tendo seu cariótipo caracterizado pela primeira vez.