PPGBV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA VEGETAL - CB DEPARTAMENTO DE BOTANICA - CB Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: ZILDA ELLEN BAIAO NEVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ZILDA ELLEN BAIAO NEVES
DATA : 28/04/2022
HORA: 09:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

O impacto da Agricultura de Corte e Queima em atributos ecofisiológicos de espécies lenhosas da Caatinga.


PALAVRAS-CHAVES:

Caatinga; semiárido; nutrientes; carboidratos não estruturais; custo de construção foliar


PÁGINAS: 70
RESUMO:

Em florestas tropicais sazonalmente secas (FTSS) como a Caatinga, algumas espécies lenhosas utilizam da capacidade de rebrota para tolerar estresses antropogênicos. Isto se faz importante em relação à agricultura de corte e queima (ACQ), prática de cunho histórico, conhecida por gerar impactos severos no solo e comunidade vegetal de FTSS. Neste sentido, analisar como estas espécies modulam ecofisiologicamente suas respostas perante este estresse se faz importante para compreender padrões e dinâmicas atuais e futuras para as FTSS. Assim, o presente estudo teve como objetivo compreender as relações entre a agricultura de corte e queima (A.C.Q.) e três traços funcionais foliares em 6 espécies lenhosas da Caatinga com capacidade de rebrota, sendo elas Pityrocarpa moniliformis, Senna cana, Eugenia brejoensis, Campomanesia eugenioides, Handroanthus impetiginosus e Z. stelligerum. Para tal, analisou-se 1. a dinâmica de Carboidratos não estruturais (CNE) e seus constituintes (Açúcares solúveis - AS e Amido), 2. de nutrientes (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) e 3. Custo de Construção Foliar (CCF) em três períodos em relação à A.C.Q.: pré, pós 3 meses e pós 6 meses. Em nossos resultados, observamos  para 4 das 6 espécies, a redução de CNE total e Açúcares solúveis pós 3 meses, enquanto que os valores para o período 6 meses pós A.C.Q. continuaram reduzindo ou sofreram leve aumento a níveis similares ao pré A.C.Q. Para o amido, observou-se aumento nos dois períodos de coleta em relação ao pré A.C.Q. Em relação ao CCF, observou-se queda nos valores pós 3 meses e aumento pós 6 meses para 4 das 6 espécies. Para a maioria das espécies, os níveis de N e P foliares aumentaram pós 3 meses, apresentando maior variação entre as espécies pós 6 meses. Em suma, a queda dos valores de CNE e AS, juntamente aos menores valores de CCF quando comparado com o pré A.C.Q. apontam para os efeitos do estresse em questão mesmo tratando-se de espécies tolerantes. O aumento de N e P logo após o estresse pode estar ligado à adubagem derivada das cinzas, enquanto que a variação posterior nos valores pós 6 meses pode estar ligada à perda desses elementos no ambiente por processos como os de lixiviação e erosão. Nosso estudo evidencia o impacto da A.C.Q. nos traços funcionais de espécies lenhosas de FTSS e reforça o alerta quanto à continuidade desta prática em áreas já vulneráveis pelas mudanças climáticas. 


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 012.493.153-79 - FERNANDA MARIA PEREIRA DE OLIVEIRA - UFPE
Externo à Instituição - HIRAM MARINHO FALCAO - UPE
Presidente - 1516394 - MAURO GUIDA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 25/04/2022 14:21
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