ASSEMBLEIAS DE BRIÓFITAS EM UM CENÁRIO DE PERTURBAÇÕES ANTRÓPICAS NOS BREJOS DE ALTITUDE
Perturbação antrópica; Floresta úmida; Composição; Ecologia funcional.
Historicamente, os Brejos de Altitude têm sido alvos de perturbações antrópicas (PA), onde vários tiveram sua vegetação suprimida, apesar da importância biológica e da promoção de serviços ecossistêmicos que oferecem em regiões semiáridas. Entretanto, estes ambientes ainda carecem de estudos relacionados aos efeitos das PA sobre as comunidades de plantas, que gerem subsídios para a conservação destas áreas. O objetivo principal desta tese foi verificar como as perturbações antrópicas interagem com as condições ambientais sobre as regras de montagem das assembleias de briófitas num contexto espaço-temporal. Foram estudadas quatro áreas de Brejos de Altitude, nos estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco. O capítulo 1 descreve a mudança na composição taxonômica e funcional da brioflora e os fatores de perturbação antrópica que podem estar relacionados a tal variação em escala temporal. Ademais, no capítulo 2, foram estudadas as consequências das PA e os efeitos dos fatores abióticos em escala local sobre a composição e diversidade taxonômica e funcional das briófitas epífitas. Os resultados sugerem que a flora de briófitas nestes ambientes é instável e sujeita a mudanças na composição florística e funcional, impulsionadas pela substituição de espécies especialistas (e.g. de sombra, com hábitos flabelados à pendentes) por espécies mais generalistas e que possuem características funcionais (e.g. pigmentação escura, lóbulos grandes e forma de vidado tipo tapete) que lhes conferem maior grau de tolerância em ambientes florestais sujeitos a mudanças.