COMO O CRESCIMENTO E A SOBREVIVÊNCIA DAS PLÂNTULAS DE LENHOSAS DE ÁREAS ECOTONAIS SERÃO IMPACTADOS PELA REDUÇÃO DA DISPONIBILIDADE DE ÁGUA PREVISTA NOS MODELOS CLIMÁTICOS PARA A CAATINGA?
Mudanças climáticas, Mata atlântica, Crescimento, Assimilação de carbono, Catalase, Sobrevivência
Mudanças do clima pode induzir avanço ou recuo nas florestas tropicais, fazendo-nos questionar se plantas de floresta úmida sobreviveriam às condições do clima de florestas secas e como suas respostas morfofisiológicas iriam refletir o efeito desse avanço. Considerando o histórico de precipitações passadas da caatinga, simulamos condições de eventos extremos (anos chuvosos e anos secos) e de anos medianos de chuvas, medimos o efeito da distribuição das chuvas no crescimento e na sobrevivência de Schinus terebinthifolius e elaboramos dois artigos: um sobre o efeito do avanço das condições do clima da caatinga no crescimento, alocação de biomassa e sobrevivência de plantas jovens da mata atlântica e o segundo sobre as respostas fisiológicas e bioquímicas. No geral, nossos achados mostraram que plantas da floresta úmidas poderão sobreviver com o avanço das condições do clima das florestas sazonalmente secas, mas com respostas diferenciadas e baixíssima taxa de sobrevivência em eventos extremos de anos secos. As principais respostas adaptativas foram redução de área foliar, redução de biomassa seca e aumento na frequência de vasos de xilema de menor tamanho. As respostas bioquímicas e fisiológicas refletiram o efeito da sazonalidade da distribuição das chuvas, mas com comportamento diferenciado nos eventos extremos de anos chuvosos e secos. A termorregulação foliar pode ser um importante mecanismo que possibilite a sobrevivência das plantas, mas em eventos extremos de anos muitos secos ou muitos chuvosos, precipitação não deverá ter poder preditivo sobre o comportamento da temperatura da foliar, embora mantenha correlação com a precipitação dos anos.