AVALIAÇÃO ATUAL E FUTURA DA DISTRIBUIÇÃO E ESTRUTURA FUNCIONAL DE MUSGOS (BRYOPHYTA) ENDÊMICOS DA FLORESTA ATLÂNTICA
Atributos funcionais; briófitas; centro de endemismo; distribuição potencial de espécies; diversidade funcional.
Espécies endêmicas apresentam uma distribuição limitada e, consequentemente, apresentam nicho ecológico restrito. Assim, pequenas alterações ambientais afetam essas comunidades, impactando negativamente tanto a distribuição das espécies quanto sua estrutura funcional. Devido à alta representatividade de musgos endêmicos na Floresta Atlântica e sua sensibilidade a alterações ambientais, esta dissertação objetiva: determinar áreas com maior riqueza e diversidade funcional de musgos endêmicos deste Domínio; verificar se as áreas de endemismo de musgos são consistentes com centros de endemismo anteriores descritos na literatura; avaliar se o atual sistema de rede de áreas protegidas na Floresta Atlântica é eficaz na conservação de musgos endêmicos (Capítulo I); e avaliar como os atributos das espécies deste Domínio fitogeográfico respondem a longo prazo, frente às mudanças climáticas (Capítulo II). A riqueza de espécies, divergência e equidade funcional apresentaram relação positiva com a latitude. Todas as áreas consensuais de endemismo foram registradas na região Sudeste. Cento e onze Unidades de Conservação (11%) se sobrepuseram com áreas de endemismo. Comparado com o cenário atual, a área de adequabilidade ambiental >50% de todas as entidades funcionais irá aumentar no futuro, tanto para o cenário otimista quanto para o pessimista, apesar de não haver diferença significativa. O entendimento dos padrões de distribuição e diversidade funcional de musgos endêmicos da Floresta Atlântica, no tempo atual e futuro, está relacionado a um conjunto de fatores ambientais e de uso da terra no Brasil.