MORFOLOGIA RADICULAR E ALOCAÇÃO DE CARBOIDRATOS EM UMA ESPÉCIE LENHOSA NATIVA DE FLORESTA SECA SOB DEFICIÊNCIA HÍDRICA
Tolerância à seca; açúcares em raízes; carboidratos não estruturais; caatinga.
Para as espécies lenhosas decíduas nativas de Florestas Tropicais Sazonalmente Secas (FTSS), o sistema radicular apresenta grande importância, sendo importante entender as características morfológicas da raiz sob contextos de seca e a relação com o armazenamento de CNEs. Logo, o objetivo do estudo consistiu em avaliar a relação entre a morfologia radicular, alocação e reserva de CNEs radiculares e o efeito de eventos recorrentes de déficit hídrico, usando a Cenostigma microphyllum. As plantas foram submetidas a três tratamentos: Controle, Seca Posterior (SP) – cinco meses com rega normal e depois suspensão total de rega e Seca Crônica (SC) regado a cada quinze dias e depois suspensão total de água. Na coleta 1, foram feitas medidas e coletas para Conteúdo Hídrico Relativo (CHR), condutância estomática (gs), bioquímica de todos os tecidos, umidade do solo, crescimento e biomassa. Tais análises essas repetidas na coleta 2, junto com coletas para análise da morfologia radicular. Após isso, as plantas foram reidratadas para a coleta 3, sendo coletadas para as mesmas análises citadas anteriormente, exceto morfologia radicular. Os tratamentos SP e SC apresentaram a tendência de: 1) priorização de alocação de carboidratos para as raízes grossas de >2mm; 2) Diminuição da concentração total de carboidratos da primeira para a terceira coleta, mesmo com as mesmas estando reidratadas na última coleta; 3) Raízes com o tecido radicular mais denso. A SC em específico, apresentou um CHR mais eficiente, porém, desde a primeira coleta já apresentava uma concentração menor quando comparado com o SP e Controle.