COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Myrcia loranthifolia DC. (MYRTACEAE) E SEU POTENCIAL BIOATIVO
Analgésico; Caatinga; Floresta Atlântica; Gastroproteção; Myrcia; Sesquiterpenos
A família botânica Myrtaceae no Brasil abriga uma diversidade de espécies produtoras de óleos essenciais, notáveis por suas propriedades farmacológicas distintivas, destacando-se o gênero Myrcia com cerca de 400 variedades. O presente estudo teve vários objetivos: revisar as espécies de Myrcia no Brasil e seu potencial bioativo, obter e caracterizar o óleo essencial foliar de M. loranthifolia em diferentes domínios fitogeográficos, avaliar seu potencial gastroprotetor, antinociceptivo e antipirético, além de comparar os óleos de diferentes regiões. Os óleos essenciais de Myrcia são ricos em sesquiterpenos e monoterpenos, influenciando suas propriedades biológicas. A pesquisa revisou a composição química desses óleos e seu potencial terapêutico em bases de dados acadêmicas. A extração do óleo essencial foi realizada por hidrodestilação, e sua composição foi analisada por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. Os resultados apontaram diferenças na composição de óleos de diferentes regiões. Em testes com camundongos, o óleo essencial de M. loranthifolia demonstrou redução significativa na gravidade de lesões gástricas. Para o potencial antinociceptivo, o óleo reduziu a dor em vários testes, com efeitos comparáveis ou superiores a substâncias como indometacina, morfina e dipirona. Além disso, o óleo mostrou propriedades antipiréticas, reduzindo a febre em níveis semelhantes à dipirona. O estudo destaca o potencial terapêutico dos óleos essenciais de Myrcia, incluindo propriedades gastroprotetoras, antinociceptivas e antipiréticas.