PRODUÇÃO, ALOCAÇÃO E USO DE AÇÚCARES EM ESPÉCIES CADUCIFÓLIAS LENHOSAS NA CAATINGA, UMA FLORESTA TROPICAL SAZONALMENTE SECA
arvores decíduas, floresta seca, fotossíntese corticular, mudanças climáticas, tolerância
Com as previsões de intensificações de seca e aumento de temperatura global, esforços para prever como as florestas irão responder a essas novas condições têm sido incentivados, especialmente em ambientes tipicamente secos como a Caatinga. Nesse contexto, o presente trabalho acessou informações sobre como espécies decíduas respondem a variação sazonal na Caatinga em termos de dinâmica de alocação de carboidratos. O estudo foi realizado no Parque Nacional do Catimbau onde coletamos material vegetal de Commiphora leptophloeos, Peltogyne pauciflora, Cenostigma microphyllum e Pityrocarpa moniliformes para quantificação de carboidratos não estruturais (NSC) ao longo de oito meses de 2020 a 2021. A presente versão da tese está dividida em dois capítulos, onde no primeiro manuscrito confirmamos a existência de fotossíntese corticular para C. leptophloeos, estratégia que contribuiu para a manutenção do pool constante de NSC durante os períodos de seca. No segundo capítulo, testamos se as espécies decíduas sem a fotossíntese corticular variam drasticamente em relação à concentração de NSC apresentando maiores concentrações em períodos chuvosos e reduções nos períodos secos, devido ao uso das reservas nos períodos de limitação da fotossíntese. Os resultados refutam essa hipótese uma vez que para as três espécies o pool de NSC foi constante ao longo dos meses, não havendo reduções nem aumentos drásticos entre períodos secos e chuvosos. O principal aspecto observado foram respostas espécie-específica para as estratégias de alocação e particionamento dos NSC.