DIVERSIDADE GENÉTICA EM POPULAÇÕES NATURAIS DE CAJUIZEIROS (Anacardium spp.)
Anacardiaceae; caracterização agronômica; dupla coloração CMA e DAPI; DNA ribossomal (DNAr) 5S e 35S; Hibridização in situ fluorescente (FISH).
A diversidade genética do germoplasma do cajuizeiro (A. humile A.St.-Hil.) pode ser acessada a partir de análises agronômicas, moleculares e citogenéticas. O gênero Anacardium L. tem sido cariotipicamente pouco estudado, limitando-se a poucas contagens cromossômicas para a espécie comercial A. occidentale L. Assim, o presente trabalho visa analisar a diversidade genética de cajuizeiros utilizando abordagens citogenéticas e agronômicas, a fim de compreender a evolução e diversificação dessa frutífera. A avaliação agronômica empregando descritores quali- e quantitativos para o pedúnculo (pseudofruto) e a castanha (fruto verdadeiro) em 12 acessos de cajuizeiros revelou a existência de variabilidade genética entre os germoplasmas estudados. Embora exista variabilidade entre os genótipos de cajuizeiros avaliados a análise citogenética realizada com 10 acessos mais diferentes morfologicamente de A. humile, além de um acesso de A. occidentale e A. othonianum, indicou estabilidade no número cromossômico (2n = 40). Adicionalmente, foram observadas bandas CMA+/DAPI- localizadas na região terminal do braço curto de três pares cromossômicos. A FISH realizada em A. humile, e em um acesso de A. occidentale e A. othonianum, revelou a existência de três pares de sítios de DNAr 35S co-localizados com as bandas CMA+/DAPI- localizados na região terminal do braço curto e um par de sítios de DNAr 5S localizados na região intersticial do braço curto de outro par cromossômico, sugerindo ausência de variação intra- e interespecífica entre os exemplares analisados. Os tamanhos dos genomas de A. humile e A. othonianum são relativamente pequenos, com 0.88 e 0.92 pg/2C, respectivamente. Não há variação citogenética intra- ou interespecífica significativa entre os acessos, nem indícios de poliploidia entre as matrizes estudadas. Análises moleculares estão sendo realizadas para melhor avaliar a contribuição genética para a variabilidade morfológica observada no cajuí.