Mecanismos ecofisiológicos controladores e performance da rebrota na Caatinga
perturbações antrópicas, florestas secas, propagação vegetativa, crescimento clonal, carboidratos não-estruturais, traços funcionais
Perturbações antrópicas e afetam padrões de regeneração florestal em florestas tropicais sazonalmente secas, e a persistência por rebrotas e crescimento clonal via rametas parecem ser mecanismos cruciais a sobrevivência de espécies, recuperação acelerada da biomassa perdida e continuidade da provisão de serviços ecossistêmicos. Diante disso, avaliamos: 1) como diferentes intensidades de perturbações antrópicas afetam a persistência de espécies lenhosas dominantes via diferentes mecanismos de regeneração e 2) como perturbação antrópica por corte-e-queima altera suas características funcionais foliares e bioquímicas. O trabalho foi realizado no PARNA Catimbau utilizando 6 espécies lenhosas dominantes. Em campo, foram simuladas perturbações que ocorrem de forma tradicional por populações tradicionais em 10-15 indivíduos por espécie, sendo elas o corte de galhos e corte-e-queima da vegetação no final da estação seca, tal qual feito pela população. Medidas biométricas (i.e., altura, diâmetro no nível do solo, nº de perfílios e biomassa fresca) foram medidas antes e 6 meses depois das perturbações e as frequências dos mecanismos de persistência (i.e., rebrotas e rametas) foram analisadas, além da coleta de amostras de folhas, caules e raízes para análises funcionais e de carboidratos não-estruturais. A persistência das espécies variou entre 0-80%, exibindo o aumento do número de perfilhos pós-perturbações e apenas 4% da recuperação da biomassa perdida, além de respostas bioquímicas diferentes entre espécies, indivando mudanças no seu uso de recursos.